Rondón: “Não vou ouvir as artimanhas do Rüdiger”

Rondón: “Não vou ouvir as artimanhas do Rüdiger”

Salomón Rondón (Caracas, Venezuela, 16/09/89) é um viajante mundial do futebol. O venezuelano conquistou títulos na Rússia, Argentina e México; e também deixou sua marca na Inglaterra (foi eleito o segundo melhor jogador da Premier na temporada 2018-19 jogando pelo Newcastle), China, Las Palmas e Málaga. Rondón foi fundamental para o Pachuca chegar à final da Copa Intercontinental: marcou nove gols em sete jogos na Concachampions e fez o 0 a 3 final contra o Botafogo.

¿Como eles enfrentam a final?

A equipe está muito animada. Disputar uma final Intercontinental é algo muito importante para qualquer jogador. Já fizemos história, como jogadores e para o futebol mexicano, ao vencer o campeão da Libertadores. Li que a partida do Al Ahly foi chata e pouco intensa, mas foi uma partida muito tática. Fisicamente estou bem. Ficamos em 16º no Apertura, mas fizemos uma pré-temporada para fazer esse torneio e de janeiro a junho competimos e vencemos a Concachampions.

Rondón: “Não vou ouvir as artimanhas do Rüdiger”

Jogar o torneio sabendo que enfrentará o Real Madrid na final proporciona motivação extra?

Somos uma equipa com muitos jovens. É um palco em que o mundo inteiro verá você.

Em junho repetirão o confronto…

Para nós a questão era competir nos jogos. Estávamos empolgados para jogar a final. Trabalhamos os dois jogos e o futebol nos recompensou. Teremos que jogar esta final e a próxima Copa do Mundo.

17/12/24 INTERCONTINENTAL QATAR 2024 ENTREVISTA SALOMON RONDON JOGADOR PACHUCA

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Salomón Rondón, jogador do Pachuca, posa pelo AS no hotel de concentração da seleção mexicana às vésperas de enfrentar o Real Madrid pela Copa Intercontinental.JESUS ​​​​ÁLVAREZ ORIHUELACOMO DIÁRIO

Como você vê esta Madri?

Há pessoas que não estão satisfeitas com os resultados que estão a obter, mas é o Madrid, uma equipa que tem classe, história e muitos títulos na sua história. O futebol às vezes pode surpreender, vamos disputar a final. Temos que fazer um jogo completo e perfeito.

Você se vê lutando com Rüdiger?

Eu o enfrentei algumas vezes na Inglaterra. Sei que ele é bastante chato e que gosta de incomodar os atacantes. É o jeito dele de jogar e ele é respeitado.

Antonio Rüdiger pressiona Salomón Rondón em uma partida Chelsea-West Ham Premier League em fevereiro de 2018.

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Antonio Rüdiger pressiona Salomón Rondón em uma partida Chelsea-West Ham Premier League em fevereiro de 2018.GLYN KIRKAFP

Você gosta de competir contra esse tipo de zagueiro?

Já enfrentei todos os tipos de zagueiros, Van Dijk ou Yerry Mina na seleção, que também é bastante pesada. Eles são fundamentais, o trabalho deles é fazer você perder o controle e o foco, mas neste momento da minha carreira vou aproveitar isso como uma criança.

E como um atacante evita ser retirado do jogo?

Eu sei quais truques o Rüdiger faz e não vou prestar atenção nele.

E se vencer Rüdiger, terá Courtois na baliza.

Eu também enfrentei ele. Mas todos os jogadores do Real Madrid são de altíssimo nível.

Painel de desempenho de Salomón Rondón.

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Painel de desempenho de Salomón Rondón.

Ele usa 23 para Michael Jordan. O que te inspira?

Em tudo, sua liderança e o que ela significou para o mundo dos esportes. Ele era um atleta de ponta, dentro e fora da quadra. Marcou uma época. Eu gosto de basquete. Houve um tempo em que eu até queria mudar de esporte, mas já tinha um longo caminho a percorrer no futebol. A única coisa que conseguiu esconder dessa paixão foi o número 23 de Jordan.

Você viu o documentário de Luis Enrique em que ele dá uma palestra para Mbappé, usando Jordan como exemplo?

Sim, eu vi. Um treinador tem que tentar motivar os seus jogadores mais importantes. Para mim o futebol é energia. Mbappé significou muito para o PSG, os seus companheiros viram-se refletidos nele e foram contagiados pelo que ele transmitiu. Se você ver que um rachadura Ele vai e corre e aperta, briga, se joga no chão, eles pensam: “por que eu não consigo?” Ser treinador é isso: ser um bom estratega e gerir bem os jogadores, conhecendo os egos que se destacam. Achei uma parte muito enriquecedora do documentário.

Rondón: “Não vou ouvir as artimanhas do Rüdiger”

Você também gosta de esportes de combate. Em Espanha, Ilia Topuria está agora a causar sensação.

Eu o sigo. Lembro que ele ficou chateado porque eles tinham marcado a luta no mesmo horário que o Madrid jogava. Ele é um lutador excepcional, gosto muito do UFC, um dia gostaria de praticar. Acho muito interessante o preparo que eles devem ter, a alimentação. E sim, gosto de boxe e procuro praticá-lo nas horas vagas para esquecer o que é futebol.

Qual jogador do Real Madrid eles estão procurando para detê-los?

Em todos eles, todos são igualmente importantes. É uma questão de pensar mais em nós mesmos do que no rival. Sem tirar o Real Madrid, vai depender da forma como abordamos o jogo. Temos que lidar com isso de pessoa para pessoa.

22/10/11 JOGO PRIMEIRA DIVISÃO MALAGA - REAL MADRID RONDON

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Salomón Rondón em um contra um contra Casillas em uma partida da Liga Málaga-Real Madrid em outubro de 2011.PACO RODRIGUEZCOMO DIÁRIO

O que você lembra dos jogos contra o Real Madrid?

Lembro-me de um jogo que vencemos contra o Málaga com um golaço de falta de Cazorla. É sempre um super time, mas o futebol é imprevisível. Onze contra onze tudo pode acontecer.

Os jovens do time perguntam sobre esses jogos?

Os jovens sabem onde estão e o cenário que vamos jogar, mas não têm noção do que vão enfrentar, porque para mim este tipo de competições sempre me marcou pelo que significou competir com uma equipa de outra. continente por um troféu como este. Fizemos história até agora. Na América Latina não dariam um euro por nós e vamos jogar uma final contra o Madrid. Muitas equipes gostariam de estar na nossa situação e competir contra uma das melhores equipes do mundo. Devemos repetir o que fizemos contra Botafogo e Al Ahly.

17/12/24 INTERCONTINENTAL QATAR 2024 ENTREVISTA SALOMON RONDON JOGADOR PACHUCA

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Salomón Rondón, durante entrevista com AS no hotel de concentração Pachuca, em Doha.JESUS ​​​​ÁLVAREZ ORIHUELACOMO DIÁRIO

Você acompanha o que Las Palmas e Málaga, seus ex-times da LaLiga, estão fazendo?

Claro. Tenho um carinho muito importante pelo Las Palmas. Eles me receberam de braços abertos e sempre me trataram como mais um canário. Tenho muito carinho por Málaga e adoro isso. É uma cidade número 1, a comida é espetacular e meus filhos nasceram lá. É meu lugar, meu cantinho. É muito parecido com o meu país: dá para ver a praia, o tempo está muito bom. Sinto-me identificado com o Málaga e tenho uma ligação muito forte.

Ainda falta muito, mas em junho eles se encontrarão novamente com o Madrid na Copa do Mundo de Clubes. Você vê alguma chance de entrar em um grupo com Al Hilal e Salzburg?

Sim, sim, nos vemos passando pelas rodadas, mas iremos passo a passo. Vamos pensar no Intercontinental e nos preparar para o que vier.

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