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Morning Call: Pacote de redução de gastos e resultados das 'big techs' movimentam o mercado

Morning Call: Bolsa procura firmeza em semana enxurro de indicadores econômicos

A Bolsa de Valores brasileira (B3) se mantém estável apesar do cenário de incertezas sobre corte de gastos do governo. Nesta quarta-feira (30), o Ibovespa, principal índice da Bolsa fechou o pregão em queda de 0,07%, aos 130.639 pontos, com o volume financeiro totalizando R$ 17 bilhões. Na contramão, o dólar registrou alta, sendo negociado a R$ 5,76.

O mercado internacional traz como destaque a espera pelo PCE, com projeção de alta de 0,2%, além da decepção com resultados finaneiros das magníficas Meta e Microsoft, que repercutiram mal, puxando o Nasdaq para baixo e a expectativa para a divulgação do payroll nesta sexta-feira (1).

Na Ásia, o BoJ confirmou o script esperado pelo mercado e manteve o juro em 0,25%. Na China, a indústria retornou ao território de expansão.

No Brasil, um dia depois do Caged forte, sai a Pnad contínua do trimestre até setembro, com a taxa de desemprego de 6,4%, resultado 0,5 ponto percentual menor do que o trimestre de abril a junho (6,9%) e 1,3 ponto menor ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,7%).

Essa foi a segunda menor taxa da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, perdendo apenas para o trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

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Manchetes desta manhã

  • Governo define que corte de gastos será feito por meio de PEC (Valor)
  • Prefeituras pagam a corretores de emendas para receber verbas (Globo)
  • Taxação de previdência privada em herança sai da reforma tributária (Folha)
  • Com alta do dólar e temor de inflação, equipe econômica tenta de novo destravar corte (Estadão)
  • Câmara rejeita tributar grandes fortunas (Estadão)
  • Bancos se tornam sócios de empresas em recuperação (Valor)
  • Projeto mantém sigilo de emenda de comissão (Valor)
  • A inflação na zona do euro aumenta, reforçando o caso de cautela nos cortes de juros (Reuters)
  • Atividade industrial da China se expande pela primeira vez em seis meses (Reuters)
  • CEO da Chevron está sob pressão para interromper queda de ações (Reuters)
  • Gigante do petróleo Shell registra lucro acima de US$ 6 bilhões (CNBC)
  • Lucro de chips da Samsung Electronics diminui 40% em relação ao trimestre anterior (CNBC)
  • Receita da Microsoft Cloud aumenta com o boom da IA, mas perspectiva mais fraca pesa sobre as ações (Financial Times)
  • Futuros da Nasdaq caem com grandes vendas em tecnologia (The Wall Street Journal)

Mercado global

As bolsas da Europa desaceleram em meio à divulgação de balanços e dados de inflação, como a inflação da zona do euro, que deve orientar os formuladores sobre o ritmo provável dos cortes nos juros.

Na Ásia, os principais índices encerraram o pregão desta quinta-feira (31) majoritariamente no negativo, com exceção da China, beneficiada pelos dados do PMI industrial (que avançou para 50,1 pontos). Em Taiwan, a bolsa local não operou em razão de feriado.

Em Nova York, O S&P 500 futuro cai 0,8%, o FTSE 100 recua 0,7%, o Nikkei fechou em queda de 0,5% e o Shanghai subiu 0,4%.

Confira os principais índices do mercado:

• S&P 500 Futuro -0,8%
• FTSE 100 -0,7%
• CAC 40 -0,9%
• Nikkei 225 -0,5%
• Hang Seng -0,3%
• Shanghai SE Comp. +0,4%
• MSCI World -0,1%
• MSCI EM -0,4%
• Petróleo WTI +0,7% a US$ 69,07 barril
• Petróleo Brent +0,4% a US$ 72,82 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,5% a US$ 104,25
• Bitcoin -0,8% a US$ 72249,13

Commodities

  • Petróleo: sobe com otimismo do mercado sobre a sólida demanda por combustível nos EUA. O brent/dez sobe a US$ 72,80 (+0,34%) e o WTI/dez a US$ 68,92 (+0,45%)
  • Minério de ferro: registra queda de 0,38% em Dalian na China, cotado a US$ 109,79/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 0,27% a US$ 103,80/ton e o mercado à vista está em alta de 0,19%, cotado a US$ 104,10/ton.
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Déficit orçamentário

Investidores e analistas esperam que o governo anuncie um corte de gastos em torno de R$ 25 bilhões, mas o déficit projetado para o orçamento de 2025 pode chegar a R$ 50 bilhões, indicando a necessidade de medidas adicionais. Entre os alvos possíveis estão os chamados supersalários do funcionalismo público.

Os supersalários são remunerações que ultrapassam o teto constitucional de R$ 44 mil, valor correspondente ao salário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Aproximadamente 0,3% dos servidores recebem acima desse limite, gerando um gasto adicional anual de R$ 5 bilhões para o governo.

A pauta para corte dos supersalários tramita no Congresso desde 2016, estando agora sob análise do Senado desde 2021. A senadora e ex-ministra do Planejamento Simone Tebet ressaltou que a questão faz parte do pacote de cortes, mas sua aprovação depende de consenso no Congresso. Caso essa redução não seja incluída na próxima fase de medidas fiscais, o governo enfrentará desafios adicionais para alcançar o corte orçamentário necessário.

Cenário internacional

Nos EUA, a agenda iniciou com a divulgação dos dados de inflação PCE às 9h30 e no mesmo horário saiu a renda pessoal de setembro e pedidos semanais de seguro-desemprego.

No pré-mercado de NY, ações da Microsoft tiveram queda de 4% após o guidance abaixo do esperado para o negócio de computação em nuvem e os papéis da Meta recuam 3% com alerta da empresa de piora nas perdas com inteligência artificial.

No calendário de balanços, devem ser divulgados hoje os resultados da Apple, Amazon e Intel, após o fechamento do mercado.

Na zona do euro, a inflação ao consumidor (CPI) registrou alta de 2,0% em outubro na comparação anual, ante uma alta de 1,7% em setembro; enquanto a taxa de desemprego permaneceu estável em 6,3% em setembro na comparação com agosto.

Cenário nacional

No Brasil, o IBGE divulgou hoje às 9h a Pnad contínua de setembro e a agenda de hoje também traz leilão de LTNs e NTN-Fs do Tesouro. Entre os compromissos do dia, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve se reunir hoje, às 15h.

Em Brasília, a Câmara concluiu a votação do segundo texto do projeto de regulamentação da reforma tributária, que agora segue para aprovação do Senado.

No mercado financeiro, ontem o dólar fechou estável, a R$ 5,76, e o Ibovespa teve leve queda de 0,07%, aos 130.639 pontos, em meio às incertezas do mercado sobre a situação fiscal do Brasil e eleições presidenciais nos EUA.

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Destaques no mercado corporativo

  • Bradesco: reportou lucro líquido de R$ 5,22 bilhões no terceiro trimestre, alta de 13,1% na comparação anual.
  • Ambev: apresentou lucro de R$ 3,57 bilhões no terceiro trimestre, representando uma queda de 11,2% e receita de R$ 45,34 bilhões,com avanço de 8,8%. A Ambev também anunciou um programa de recompra de até 155 milhões de ações ordinárias, totalizando R$ 2 bilhões.
  • AES Brasil: reverteu lucro para prejuízo de R$ 106,6 milhões no terceiro trimestre.
  • Auren: reverteu prejuízo para lucro de R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre deste ano.
  • Hypera: comunicou que a EMS retirou a oferta de fusão e OPA apresentada em 21 de outubro.
  • Grupo Casas Bahia: comunicou que irá unificar suas operações logísticas sob a marca CB full para consolidar liderança no mercado e potencializar a geração de resultados.
  • Eneva: registrou geração total de energia bruta de 4.083 gigawatts-hora (GWh) no terceiro trimestre.

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