substituta de ‘Cabocla’ pode trazer nova audiência para a Globo

onde assistir, escalação e os principais destaques

A novela “Cabocla”, atualmente em reprise na TV Globo, está prevista para encerrar sua exibição em março de 2025, deixando uma lacuna significativa na programação vespertina. Com éxito ao revisitar produções que marcaram épocas, a emissora está em processo de definição da próxima atração. Entre as tramas cotadas para ocupar o horário, destaca-se “História de Amor”, escrita por Manoel Carlos e exibida originalmente em 1995, uma obra que combina relações humanas complexas e temas sociais atemporais. Essa decisão promete resgatar a nostalgia dos telespectadores e atrair novas audiências.

“História de Amor” é considerada um marco na teledramaturgia brasileira. A trama narra a história de Helena, interpretada por Regina Duarte, uma mulher madura e independente que encontra o amor em Carlos, vivido por José Mayer. Paralelamente, temas como gravidez na adolescência, desigualdades sociais e desafios familiares tornam a narrativa rica e impactante. Sua abordagem, que mistura emoção e críticas sociais, fez da novela um sucesso de audiência na época.

Entre as demais candidatas para substituir “Cabocla”, estão “Cordel Encantado” (2011) e “Anjo Mau” (1997), ambas com enredos envolventes e estilos distintos. No entanto, a favorita “História de Amor” destaca-se pela capacidade de dialogar com gerações diferentes, ao mesmo tempo em que revisita questões pertinentes à sociedade contemporânea.

O impacto cultural de História de Amor

Quando exibida pela primeira vez, “História de Amor” conquistou uma média de 40 pontos de audiência, refletindo o impacto que as obras de Manoel Carlos têm sobre o público. A trama, ambientada no Leblon, retrata não apenas os desafios emocionais dos personagens principais, mas também o cotidiano de uma classe média urbana em transição.

O autor é conhecido por retratar de maneira fiel a dinâmica das relações humanas, desde laços familiares até os conflitos internos de seus personagens. Suas obras frequentemente refletem dilemas sociais, como a luta por igualdade de gênero, algo presente no arco de Helena. A personagem é uma mulher que desafia padrões impostos pela sociedade, tornando-se um ícone de representação feminina na teledramaturgia.

Outras tramas cogitadas para o horário vespertino

Além de “História de Amor”, duas outras novelas chamam a atenção nos bastidores da Globo como possíveis substitutas para “Cabocla”:

  • Cordel Encantado (2011): Misturando elementos de fantasia com traços da cultura nordestina, a novela é reconhecida por seu enredo inovador e pela fotografia deslumbrante. A história de amor entre Jesuíno e Áurea cativou milhões, além de ter arrecadado vários prêmios nacionais e internacionais.
  • Anjo Mau (1997): Um remake da novela homônima de 1976, a trama explora as ambições de Nice, uma babá disposta a tudo para mudar de vida. A atuação de Glória Pires foi amplamente elogiada, tornando-se um dos grandes destaques da produção.

Ambas as opções possuem potência para manter ou elevar os números de audiência, mas a escolha final deve considerar também a adequação ao perfil do público que acompanha a faixa vespertina.

A relevância da faixa vespertina para a Globo

O horário vespertino é estratégico para a TV Globo, pois atinge diferentes perfis de telespectadores. De donas de casa a aposentados e estudantes, essa faixa contempla um público diverso e fiel. Em 2023, as reprises no período da tarde renderam à emissora uma audiência média de 15 pontos, consolidando a liderança no horário.

Outro ponto importante é o impacto publicitário. A faixa vespertina atrai anunciantes de segmentos como alimentação, produtos de limpeza e serviços financeiros, gerando significativa receita para a emissora. Assim, a escolha da próxima novela deve equilibrar fatores como apelo popular e potencial comercial.

A força das reprises na construção de memórias coletivas

Reprisando clássicos da teledramaturgia, a Globo resgata não apenas histórias marcantes, mas também memórias afetivas dos telespectadores. Esse fenômeno é particularmente evidente em tramas como “Cabocla”, que revisitam períodos específicos da história brasileira, ou “História de Amor”, que trata de relações contemporâneas com grande profundidade emocional.

A estratégia de reprises também tem um efeito pedagógico, apresentando às novas gerações um panorama da evolução da teledramaturgia no Brasil. Por meio dessas produções, é possível compreender como as novelas refletiram, e por vezes anteciparam, mudanças sociais.

Curiosidades sobre História de Amor

  1. Primeira novela de Carla Marins como protagonista: A atriz interpretou Joyce, cuja gravidez na adolescência foi um dos principais arcos dramáticos da trama.
  2. Cenas memoráveis: O confronto entre Helena e Joyce no hospital tornou-se um dos momentos mais icônicos da novela.
  3. Impacto cultural: A trama trouxe discussões sobre maternidade e independência feminina, antecipando debates que se tornariam frequentes anos depois.

Destaques de Cordel Encantado e Anjo Mau

  • Em “Cordel Encantado”, a combinação de realismo mágico e cenários inspirados no sertão nordestino resultou em um visual único.
  • “Anjo Mau” marcou época com seu elenco de apoio, que incluía nomes como Kadu Moliterno e Leonardo Brício.

Como a decisão será tomada

Tradicionalmente, a Globo utiliza pesquisas de opinião e análises de audiência para decidir qual novela reprisar. O desempenho de “Cabocla” será um fator determinante. Além disso, a emissora avalia o momento social e os temas que ressoam com o público atual.

Expectativas dos telespectadores

Nas redes sociais, “História de Amor” desponta como favorita. Comentários elogiam a trama e sugerem que a reprise pode atrair tanto públicos nostálgicos quanto jovens que ainda não tiveram contato com a obra. A relevância dos temas abordados é um dos principais motivos citados pelos fãs.

Legado de Manoel Carlos

Manoel Carlos, também conhecido como Maneco, é um dos autores mais respeitados da teledramaturgia nacional. Sua habilidade em criar personagens profundos e tramas que equilibram drama e realismo o tornou um dos preferidos do público. Helena, sua personagem recorrente, simboliza mulheres fortes e resilientes.

Dados sobre as reprises de novelas na Globo

  • Em 2024, as novelas reprisadas lideraram a audiência em 78% das tardes, demonstrando a eficácia da estratégia.
  • “Cabocla”, até dezembro de 2024, registrou crescimento de 12% na audiência em relação à novela anterior.
  • “História de Amor” é uma das novelas mais pedidas em enquetes online realizadas por fãs.

Importância da representatividade feminina em História de Amor

Helena foi retratada como uma mulher moderna, enfrentando preconceitos e dificuldades em sua busca por felicidade e independência. Esse retrato tornou a personagem um referencial de representação feminina na TV brasileira, inspirando mulheres a questionar papéis tradicionais.

Considerações sobre o futuro da faixa vespertina

A escolha da substituta de “Cabocla” vai além de uma simples decisão de programação. Trata-se de reafirmar o papel das novelas como parte essencial da cultura brasileira. Independentemente da escolha final, a expectativa é que a próxima trama mantenha a tradição de qualidade e o engajamento do público.



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