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Um guia com dicas de filmes e séries para assistir no streaming
Chegou aos cinemas nesta quinta (31) o novo drama romântico “Todo Tempo que Temos”, com Andrew Garfield e Florence Pugh, o qual eu tive a oportunidade de ver há algumas semanas, no Festival de Toronto.
Como todo bom drama romântico, é o equivalente cinematográfico de puxar um pelinho do nariz: quase garantido que vai arrancar lágrimas, ainda que o filme tenha lá suas falhas. O colega Bruno Ghetti avaliou o longa para a Folha aqui. Eu basicamente concordo com o que ele diz: um filme tão normalzinho nunca vai passar de três estrelas, não importa quantas idas e vindas no tempo ele invente (mas eu não tenho nada contra a cara da Florence Pugh).
Para esta semana, trago uma seleção de outros dramas românticos que fazem apaixonar, suspirar e sofrer. Prepare seus lencinhos.
“Desencanto” (1945)
“Brief Encounter”. Looke (assinatura) e NetMovies (grátis), 86 min.
Acaso ou destino colocam a dona de casa Laura Jesson (Celia Johnson) e o médico Alec Harvey (Trevor Howard) na mesma estação de trem no interior da Inglaterra no mesmo instante. Ele a ajuda com um cisco no olho e a conexão está feita: dois estranhos não são mais estranhos. Quando os sentimentos se aprofundam, eles terão que decidir o preço que estão dispostos a pagar pela própria felicidade. Talvez o único filme a tornar uma conversa sobre doenças pulmonares romântica.
Ganhador da Palma de Ouro na primeira edição do Festival de Cannes.
“Love Story: Uma História de Amor” (1970)
“Love Story”. Disponível para aluguel na Amazon, no iTunes e no YouTube, 99 min.
Sinônimo de dramalhão romântico, com sua trilha sonora melosa e a fala “amar é nunca ter que pedir perdão”. Jenny (Ali MacGraw) e Oliver (Ryan O’Neal) são dois jovens universitários de histórias pessoais muito distintas: ele, de uma família protestante muito rica, está destinado a fazer direito em Harvard; ela, de uma família de classe média ítalo-americana, cursa música numa escola menos bambambã. Apesar da resistência da família dele, os dois se casam, mas são atingidos por uma desgraça.
“A Culpa É das Estrelas” (2014)
“A Culpa é das Nossas Estrelas”. Disney+, 133 minutos.
Hazel (Shailene Woodley) convive com um câncer de tireóide há alguns anos e sabe que não irá muito além da adolescência. Convencida por sua mãe a se juntar a um grupo de apoio para jovens com câncer, ela conhece Augustus (Ansel Elgort), e com ele vive uma intensa história de amor.
“Todos Nós Desconhecidos” (2023)
“Todos nós, estranhos”. Disney+, 105 minutos.
O solitário Adam (Andrew Scott) passa seus dias escrevendo em seu apartamento em Londres, num prédio ainda pouco ocupado. Enquanto trabalha em um novo roteiro, ela revisita memórias de sua infância e de seus pais (Jamie Bell e Claire Foy). Por acaso, ele conhece um lindo vizinho (Paul Mescal) que muda seus dias. (Observação: todos os filmes nesta lista são dramáticos, mas este é um coice nas emoções. Prossiga com cuidado.)
“Um Dia” (2024)
“One Day”. Netflix, 14 episódios.
Como em “Love Story”, Dexter (Leo Woodall) e Emma (Ambika Mod) são dois jovens universitários de origens distintas, ele rico, ela não. Os dois se conhecem em uma festa de formatura na Universidade de Edimburgo em 1988 e passam os anos seguintes entrando e saindo da vida um do outro.
(Listo aqui a minissérie da Netflix, porque o filme de mesmo nome de 2011 teve avaliações piores, mas está disponível no Telecine para quem quiser ver.)
O QUE ESTÁ CHEGANDO
As novidades nas principais plataformas de streaming
“Você Faria o Mesmo”
“Tú También lo Harías”. AppleTV+. Oito episódios, às quartas.
Detetives investigam o que aconteceu durante um assalto a um ônibus perto de Barcelona que acabou com três assaltantes mortos e o autor dos disparos desaparecido.
“A Diplomata”
“The Diplomat”. Netflix, segunda temporada, seis episódios.
Um ano e meio depois da estreia da primeira temporada, a série com Keri Russell como uma diplomata de carreira que vira embaixadora dos Estados Unidos no Reino Unido está finalmente de volta. A história retoma nos instantes seguintes ao explosivo final da primeira temporada.
“A Substância”
“A substância”. Filme, 141 minutos.
Chega ao streaming o polêmico filme de Coralie Fargeat, ganhador do prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes. Demi Moore é Elizabeth, uma atriz e musa fitness que, ao completar 50 anos, é demitida de seu programa de televisão. Um estranho misterioso lhe oferece então a oportunidade de experimentar “a substância”, que promete restaurar sua juventude —por um preço.
“Como Água para Chocolate”
Max, seis episódios com estreia aos domingos a partir do dia 3.
Nova adaptação do romance de Laura Esquivel sobre a história de Tita de la Garza (Azul Guaita) e Pedro Muzquiz (Andrés Baida), dois jovens apaixonados, mas impedidos de se casar pela mãe dela, a opressora Mamá Elena (Irene Azuela).
“Pedro Páramo”
Netflix. Estreia na quarta (6), 130 min.
Outra adaptação de um livro de realismo fantástico mexicano, este de Juan Rulfo. Juan Preciado (Tenoch Huerta) parte para a cidade de Comala para conhecer pela primeira vez seu pai, Pedro Páramo (Manuel Garcia-Rulfo). O que ele encontra, porém, é uma cidade de fantasmas. Primeiro longa dirigido pelo diretor de fotografia Rodrigo Prieto (“Assassinos da Lua das Flores”, “Barbie”).
“Helipa – Um Autorretrato”
Paramount+, seis episódios com estreia aos domingos a partir do dia 3.
Cinco artistas de Heliópolis terão a ajuda de mentores como KL Jay e Tasha e Tracie para formar o Cypher Helipa, um projeto colaborativo.
VEJA ANTES QUE SEJA TARDE
Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming
“As Aventuras de Paddington” (2014)
“Paddington”. Na Netflix até domingo (3), 95 min.
A primeira aventura cinematográfica do simpático urso falante Paddington (Ben Whishaw), que viaja da amazônia peruana a Londres em busca do homem que ajudou seus tios décadas atrás, deixa a Netflix em breve.