A Bolsa de Valores brasileira (B3) subiu 0,72% no pregão desta terça-feira (3), chegando aos 126.139,20 pontos, impulsionada principalmente pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 0,9% no terceiro trimestre, acima das projeções do mercado, que eram de acrescimento de 0,8%.
Os bancos também impulsionaram o índice, com ações do Itaú em alta de 1,12% e do Banco do Brasil avançando 1,22%, além da Petrobras, que subiu 0,89% na preferência (PN) e 0,12% nas ordinárias (ON), enquanto a Vale seguiu no sentido contrário, em queda de caiu 0,76%.
No mercado internacional, destaque para as tensões políticas na Coreia do Sul e Oriente Médio, que pressionam o cenário externo, além do cenário na França: o Parlamento francês deverá aprovar hoje o voto de desconfiança ao primeiro-ministro, Michel Barnier.
Nos Estados Unidos, o mercado espera mais um dado de emprego, a pesquisa ADP sobre o setor privado, que antecipa as expectativas para o payroll, previsto para sexta-feira (6), com a possibilidade de um novo corte do juro pelo Fed na próxima semana.
No Brasil, o mercado repercute os impactos do crescimento do PIB no terceiro trimestre, divulgado ontem, impactando a Bolsa de forma positiva, mas também levou a curva de juros a projetar Selic de 15%. Entre os indicadores econômicos, o mercado espera que a produção industrial tenha uma desaceleração, após a forte expansão de 1,1% em setembro.
Nesta quarta-feira (4), o dólar abriu em queda de 0,07%, a R$ 6,05 e o dólar futuro em alta de 0,14%, a R$ 6,06; enquanto os juros futuros recuavam, com o DI Jan/26 em viés de alta. O Ibovespa futuro abriu em alta de 0,07%, aos 126.405 pontos.
Manchetes desta manhã
- Demanda interna sustenta PIB, mas incerteza fiscal e juro elevado turvam o quadro para 2025 (Valor)
- EUA gastam mais com juros do que com Defesa pela primeira vez (Folha)
- Insatisfação com emendas adia votação de pacote (O Globo)
- Após impasse em Baku, olhos se voltam para Cop 30, em Belém (O Globo)
- CMPC planeja nova fábrica de US$ 4,6 bi (Valor)
- Microsoft tem novos comandos no Brasil e na AL (Valor)
- O caos político da França lança uma longa sombra sobre o crescimento econômico (CNBC)
- Bailey do BoE sinaliza quatro cortes nas taxas de juros em 2025 se a inflação esfriar (CNBC)
- UE vai reprimir os varejistas online asiáticos Temu e Shein (Financial Times)
- Futuros de ações dos EUA sobem; turbulência na Coreia do Sul derruba Kospi (The Wall Street Journal)
Mercado global
As bolsas da Europa operam de forma mista, em meio à expectativa pelo voto crucial de desconfiança dos parlamentares franceses para derrubar o primeiro-ministro Barnier.
Na Ásia, as bolsas encerraram também sem direção definida, impactadas pela crise política na Coreia do Sul, que impactou fortemente as negociações no pregão da bolsa de Seul. O parlamento deverá votar o impeachment do presidente até o final da semana. As demais praças também fecharam impactadas, com a China no vermelho e o Japão em leve alta.
Em Nova York, o S&P 500 futuro avança 0,2%, Stoxx Europe +0,2%, o Nikkei fechou em alta de 0,1% e o Shanghai caiu 0,4%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,2%
• STOXX 600 +0,2%
• FTSE 100 -0,4%
• Nikkei 225 +0,1%
• Shanghai SE Comp. -0,4%
• MSCI EM +0,2%
• Dollar Index +0,1%
• Yield 10 anos +2,3bps a 4,2478%
• Petróleo WTI +0,7% a US$ 70,4 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,2% a US$ 105,3
• Bitcoin +0,7% a US$ 96775,56
Commodities
- Petróleo: sobe com possível extensão dos cortes da OPEP+ e turbulência geopolítica. O brent/fev sobe 0,62%, a US$ 74,08. O WTI/jan, avança 0,54%, a US$ 70,32.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,43% em Dalian na China, cotado a US$ 111,66/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 0,29%, cotado a US$ 105,40/ton. O mercado à vista está em alta de 0,09%, cotado a US$ 106,10/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, os índices futuros em NY operam em leve alta, em dia de divulgação de indicadores econômicos, discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e Livro Bege do Fed.
Na agenda do dia, às 10h15, tem relatório ADP de empregos no setor privado de novembro e logo mais tarde, às 11h45, será divulgado o PMI de serviços e composto de novembro dos EUA. Às 12h sai o ISM de novembro. O mercado também aguarda o discurso de Powell em evento em NY às 15h45, além da divulgação do Livro Bege pelo Fed, às 16h.
Destaque para a divulgação dos PMIs: Na Zona do Euro, o PMI composto caiu para 48,3 em novembro, de 50 em outubro. No Reino Unido, o PMI composto recuou para 50,5 em novembro, de 51,8 em outubro. Na China, o PMI Caixin de serviços chegou a 51,5 em novembro, de 52 em outubro.
Na França, hoje acontece a votação de moção de desconfiança pelos parlamentares, que pode derrubar o governo do primeiro-ministro Michel Barnier. Na Coreia do Sul, a oposição pediu o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda iniciou com a divulgação dos dados sobre a produção industrial de outubro às 9h. Além dos indicadores econômicos, está previsto para hoje em Brasília, a análise pela Câmara sobre a urgência da PEC do corte de gastos, após adiamento ontem e com resistências na base aliada.
No Senado, há expectativa que ainda hoje seja apresentado o relatório da reforma tributária à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula esteve em reunião às 9h com ministros e Haddad participa de evento, às 11h.
No mercado financeiro, o dólar caiu 0,2% ontem, a R$ 6,05, e o Ibovespa subiu 0,72%, aos 126.139 pontos, com ajuda do PIB. Já os juros futuros subiram com o PIB e incertezas com o quadro fiscal.
Destaques no mercado corporativo
- Prio: produziu 76,9 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em novembro, queda de 2,9% ante outubro.
- Oi: concluiu a venda de torres para a credora American Tower do Brasil (ATC) por R$ 1 milhão.
- InterCement: entrou com pedido de recuperação judicial com R$ 14 bilhões em dívidas financeiras.
- Coelba, participante da Neoenergia: aprovou a 19ª emissão de debêntures simples no valor total de R$ 790 milhões. O prazo de vencimento será de seis anos.
- Tenda: anunciou a distribuição de R$ 21 milhões em dividendos intercalares, com soma equivalente a R$ 0,17 por ação ordinária da empresa e pagamento previsto para 6 de dezembro. Ex em 9 de dezembro.
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