A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão desta quinta-feira (5) em alta de 1,4%, aos 127.857,58 pontos, atingindo o maior nível desde 26 de novembro. O avanço da Bolsa refletiu a reação do mercado à tramitação dos requerimentos de urgência do pacote fiscal no Congresso, ainda passíveis de mudanças.
Entre as maiores altas do Ibovespa se destacaram a Petrobras, com ações da PETR3 em alta de 1,49% e PETR4 avançando 0,99%, na contramão da cotação do petróleo. Itaú PN (+2,14%) e Vale ON (+0,82%) também se destacaram no pregão.
No mercado internacional, há expectativas com o esperado payroll, o relatório de emprego dos Estados Unidos, que deve mostrar uma recuperação do mercado de trabalho, corrigindo a curva apresentada em outubro, com distorções devido a eventos como os furacões e a greve da Boeing.
Apesar da projeção de criação de 200 mil vagas de emprego, o mercado acredita que o payroll não deve afetar as apostas de novo corte de 25pb do juro americano no próximo dia 18, projetadas em 70% no CME FedWatch.
No Brasil, o mercado percebe uma recuperação do câmbio, com uma acomodação maior do dólar no exterior e movimentação do Congresso para aprovação do pacote fiscal, que ainda traz incertezas quanto à sua eficiência e se ainda deve sair este ano.
Nesta sexta-feira (6), o dólar abriu em alta de 0,30%, a R$ 6,02, assim como o dólar futuro, que sobe 0,57%, a R$ 6,04. Os juros futuros avançam, enquanto o Ibovespa futuro cai 0,40%, aos 127,790 pontos.
Manchetes desta manhã
- Crédito privado avança e amplia peso do mercado de capitais no financiamento à infraestrutura (Valor)
- Acordo entre UE e Mercosul deve sair hoje, afirma Uruguai (Folha)
- Projeto de lei que cria marco para IA avança no Senado (Estadão)
- Pacote fiscal deve ter percurso difícil no Congresso (O Globo)
- Líderes mostram otimismo em relação a acordo UE-Mercosul (Valor)
- Macron da França diz que nomeará um novo primeiro-ministro nos próximos dias (Reuters)
- Trump escolhe ex-senador David Perdue para embaixador na China (CNBC)
- Membros da Opep+ adiarão aumentos na produção de petróleo (CNBC)
- Chevron corta orçamento de capital pela primeira vez desde a crise do petróleo causada pela Covid-19 (Financial Times)
- Investidores despejam US$ 140 bilhões em fundos de ações dos EUA após vitória eleitoral de Trump (Financial Times)
Mercado global
As bolsas da Europa operam de forma mista nesta sexta-feira, em meio à turbulência e instabilidade da política francesa.
Em discurso na noite desta quinta-feira (5), o presidente Emmanuel Macron acusou os políticos de negligenciarem os interesses dos eleitores e prometeu concluir seu mandato.
Na Ásia, os índices encerraram o último pregão da semana de forma mista. A China encerrou em alta, com expectativas em relação à Conferência Central de Trabalho Econômico, prevista para a semana que vem, que pode determinar novos estímulos para a economia do país. O índice Kospi segue no negativo, refletindo a crise política na Coreia do Sul.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,1%, Stoxx Europe sobe 0,3%, o Nikkei fechou em baix de 0,8% e o Shanghai subiu 1%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro cai 0,1%
• STOXX 600 avança 0,3%
• FTSE 100 segue estável
• Nikkei 225 cai 0,8%
• Shanghai SE Comp. sobe 1%
• MSCI EM sobe 0,3%
• Dollar Index em alta de 0,1%
• Yield 10 anos avança 1,4bps, a 4,1896%
• Petróleo WTI recua 0,5%, a US$ 67,97 barril
• Futuro do minério em Singapura cai 0,7%, a US$ 103,05
• Bitcoin em queda de 1%, a US$ 98015,25
Commodities
- Petróleo: cai à medida que cortes prolongados na oferta da OPEP+ destacam fraca demanda. O brent/fev cede 0,61%, a US$ 71,65 e o WTI/jan, cai 0,56%, a US$ 67,92.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,93% em Dalian na China, cotado a US$ 109,79/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,91%, cotado a US$ 103,05/ton. O mercado à vista cai 0,48%, cotado a US$ 104,05/ton
Cenário internacional
Nos EUA, o tão aguardado payroll, está previsto para as 10h30, com projeção do mercado de criação de 220 mil vagas de trabalho em novembro.
Para a agenda da próxima semana, destaque para divulgação sobre a inflação ao consumidor (CPI) de novembro dos EUA na quarta-feira (11) e decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e inflação ao produtor (PPI) dos EUA na quinta-feira (12).
Cenário nacional
No Brasil, a agenda da semana encerra esvaziada de indicadores econômicos, com o mercado atento ao cenário externo, com a divulgação do payroll, e ao andamento dos projetos do pacote de corte de gastos no Congresso.
Na semana seguinte, destaque para o IPCA de novembro na terça-feira (10), o volume de serviços de outubro e decisão do Copom na quarta-feira (11). Também está prevista a divulgação de dados sobre as vendas no varejo de outubro na quinta-feira (12) e do IBC-Br de outubro na sexta-feira (13).
No mercado financeiro, o dólar recuou 0,6% ontem, cotado a R$ 6,01, enquanto o Ibovespa subiu 1,4%, aos 127.858 pontos, sustentado por ações de peso no índice, como bancos, Vale e Petrobras, além da expectativa do mercado em relação à aprovação do pacote de corte de gastos no Congresso.
Destaques no mercado corporativo
- MRV: criou plano estratégico para a Resia, sua operação nos EUA, que inclui a redução do número de novos projetos, a reciclagem dos que já estão prontos e a venda de 60% do landbank (banco de terrenos) no país.
- InterCement Brasil: teve o pedido de recuperação judicial deferido pela Justiça do RJ.
- Equatorial: concluiu a venda da SPE 7, anunciada em julho.
- Cemig: liquidou os Eurobonds emitidos pela Cemig GT, com impacto líquido de R$ 1,866 bilhões no caixa da empresa.
- Hapvida: firmou contrato de locação para implantação do Hospital Ibirapuera, com investimento máximo de R$ 300 milhões em terrenos e obras.
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