A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão desta segunda-feira (25) próximo da estabilidade, em queda de 0,07%, marcando o segundo dia consecutivo acima dos 129 mil pontos, apesar da queda da Vale.
As ações da mineradora ensaiaram uma recuperação ao longo do dia, mas fecharam em leve queda de 0,02% e já acumulam uma desvalorização de 20% ao longo do ano, além de ter perdido 6% no mês em valor de mercado.
Nesta terça-feira (26), o dólar abriu em alta de 0,23%, a R$ 5,81, enquanto o dólar futuro avança 0,27%, também a R$ 5,81. Os juros futuros avançam de Jan/26 em diante e o Ibovespa futuro cai 0,5% aos 129.600 pontos.
No mercado internacional, sobressai a volatilidade nas Bolsas de Valores após a indicação de Scott Bessent para o cargo de Secretário do Tesouro dos Estados Unidos e declarações de Donald Trump sobre as tarifas de importação à China, México e Canadá, com potencial de impactar diretamente o comércio internacional. Destaque também para a possibilidade de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
No Brasil, mais uma vez o mercado e investidores se decepcionam com o adiamento do pacote de corte de gastos, com possibilidade de mudanças para o BPC, o abono salarial e o salário mínimo. Há expectativa de que a divulgação ocorra ainda esta semana.
Manchetes desta manhã
- Empresas registram crescimento de 84,5% no lucro líquido do 3º tri (Valor)
- Após pressão, Carrefour prepara carta de retratação ao Brasil (Estadão)
- Haddad: reunião sobre cortes foi definitiva (Valor)
- Indicação de Scott Bessent para o Tesouro dos EUA anima mercado (Valor)
- Trump promete novas tarifas para Canadá, México e China que ameaçam comércio global (Reuters)
- Walmart vai reverter algumas políticas de diversidade em meio à pressão dos conservadores (Reuters)
- Wall Street lança novas formas de apostar em bitcoin (CNBC)
- Intel garante US$ 7,9 bilhões em financiamento dos EUA sob Chips Act (Financial Times)
- Macy’s diz que funcionário escondeu mais de US$ 132 milhões em despesas de entrega (Financial Times)
- México fica com medo da nova fábrica chinesa de veículos elétricos após vitória de Trump (The Wall Street Journal)
Mercado global
As bolsas da Europa abriram o pregão desta terça-feira (26) em baixa, sob pressão das montadoras diante da ameaça tarifária de Donald Trump aos maiores parceiros comerciais dos EUA. O mercado teme uma potencial guerra comercial global. Ações da Stellantis caem 4,58% e Volkswagen recua 2,24%, entre as maiores perdas.
Na Ásia, as bolsas também repercutiram as declarações de Donald Trump sobre cobrar tarifas de 10% dos produtos chineses já no primeiro dia de governo. O mercado reagiu com aversão ao risco, refletindo negativamente o desempenho da maioria dos índices asiáticos, com exceção de Hong Kong, que fechou estável.
Em Nova York, os índices futuros operam de lado, enquanto o dólar e o rendimento (yield) dos treasuries sobem.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro estável
• STOXX 600 -0,6%
• FTSE 100 -0,4%
• Nikkei 225 -0,9%
• Shanghai SE Comp. -0,1%
• MSCI EM -0,3%
• Dollar Index +0,1%
• Yield 10 anos +2,7bps a 4,3004%
• Petróleo WTI +1% a US$ 69,66 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,1% a US$ 102,75
• Bitcoin -0,8% a US$ 92922,75
Commodities
- Petróleo: mostra recuperação em meio a possível cessar-fogo no Oriente Médio. O brent para janeiro sobe 1,08%, a US$ 73,80 e o WTI para o mesmo mês, avança 1,04%, a US$ 69,66.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,32% em Dalian na China, cotado a US$ 107,94/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 0,10% a US$ 102,65/ton. O mercado à vista está em leve baixa de 0,05%, cotado a US$ 102,25/ton
Desvalorização da Vale
A mineradora Vale, que acumula uma desvalorização de 20% no ano, esboçou uma tentativa de recuperação, mas encerrou o pregão em leve queda.
Apenas em novembro, a empresa já perdeu 6% de seu valor de mercado, pressionada por expectativas mais fracas de demanda global e ajustes no preço do minério de ferro.
Cenário internacional
Nos EUA, destaque para a divulgação do índice de confiança do consumidor de novembro e vendas de casas novas, prevista para as 12h; além da antecipação da ata da reunião de novembro do FOMC, às 16h, devido ao feriado de Ação de Graças.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia iniciou com o IPCA-15 de novembro, que registrou alta de 0,62%, 0,08 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro, de 0,54%. No ano o índice acumula alta de 4,35% e em 12 meses, de 4,77%. Destaque também para o leilão de NTN-Bs e LFTs do Tesouro.
No mercado financeiro, ontem o dólar recuou 0,1%, cotado a R$ 5,80, enquanto o Ibovespa fechou em queda de 0,07%, aos 129.036 pontos, porém estável.
Destaques no mercado corporativo
- Carrefour: O CEO, Alexandre Bompard, fez uma retratação pública nesta terça-feira, sobre a carne brasileira. Disse que continuará comprando a carne brasileira e que jamais quis opor agricultores do Brasil e da França.
- Copel: anunciou a venda de 13 pequenas usinas para o Grupo Electra por R$ 450,5 milhões, com pagamento de R$ 600 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) e programa de recompra de até 10% das ações em circulação.
- Oi: firmou um termo que altera o regime de prestação do serviço de telefonia fixa, passando do modelo de concessão para autorização.
- Unipar: obteve aprovação de um financiamento “verde” de R$ 672,9 milhões do BNDES para modernizar sua fábrica em Cubatão (SP). O projeto, estimado em US$ 200 milhões, contará com 20% dos recursos provenientes do caixa da própria empresa.
- Natura: anunciou o pagamento de R$ 44,8 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas. O valor corresponde a R$ 0,0324 por ação e será creditado em 3 de dezembro de 2024.
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