A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão da última sexta-feira (6) em queda de 1,5%, aos 125.945 pontos, impactada por um movimento de realização de lucros após uma alta de 1,4% registrada no pregão anterior. O dólar, que fechou em alta de 1,02%, cotado a R$ 6,07, também contribuiu para o fechamento do Ibovespa no negativo.
O mercado internacional segue firme com aposta por mais um corte do juro pelo Fed este mês, em meio aos dados de inflação de novembro (CPI e PPI) e dados recentes de emprego. Enquanto isso, na Europa, as estimativas indicam para uma redução gradual de 25pb pelo BCE na próxima quinta-feira (12).
No Brasil, há expectativa de desaceleração do IPCA de novembro, que deve ser divulgado nesta terça-feira (10), mas sem esperança de promover um alívio para o Copom na quarta-feira (11). As projeções dos economistas é de um ajuste no ritmo de aperto da Selic de 0,50pp para 0,75pp.
No cenário fiscal, o pacote de corte de gastos pode ser votado esta semana na Câmara; enquanto o relatório final da Reforma Tributária deve ser apresentado hoje, com votação pelo Senado prevista para a quarta-feira (11).
Nesta segunda-feira (9), o dólar abriu em alta de 0,09%, a R$ 6,07 e o dólar futuro em queda de 0,21%, cotado a R$ 6,09. Os juros futuros abriram mistos, enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,42%, aos 126.625 pontos.
Após a divulgação do Boletim Focus, mostrando uma piora nas projeções de inflação e Selic neste e nos próximos três anos, a moeda norte-americana recuou 0,31%, a R$ 6,05, e os juros futuros passaram a subir em toda a curva.
Manchetes desta manhã
- Rebeldes tomam Damasco; Assad foge para Moscou (Valor)
- Juro em alta faz Tesouro Direto ser atrativo (Folha)
- Construtoras querem atrair beneficiário do Bolsa Família para obras (Estadão)
- Trump não descarta que preços possam subir nos EUA (Estadão)
- Pacote de Haddad esbarra em meta de déficit zero em 2025 (O Globo)
- Itaú processa ex-CFO e sócio em acusação sobre pareceres (Valor)
- Mercado projeta que BC acelere ritmo de alta de juros (Valor)
- UE pode acelerar vigência de parte do acordo (Valor)
- China promete aumentar estímulo político para estimular crescimento em 2025 (Reuters)
- Trabalhadores da VW intensificam greves em impasse de fechamento de fábrica (Reuters)
- China flexibiliza posição de política monetária pela primeira vez em 14 anos (Financial Times)
- Empresas dos EUA contratam advogados para se preparar para as guerras comerciais de Trump (Financial Times)
Mercado global
As bolsas da Europa iniciam a semana majoritariamente em alta, impulsionadas pelo otimismo sobre estímulo econômico da China. As ações de mineração e luxo lideram o pregão, enquanto as ações de energia também sobem, seguindo os preços do petróleo, após a queda do presidente sírio Bashar al-Assad.
No entanto, o mercado europeu inicia a semana na expectativa de que o BCE reduza as taxas em 25 pb na quinta-feira, decisão que deve refletir o movimento dos índices nos próximos dias.
Na Ásia, a notícia sobre as decisões de política monetária da China ocorreu com os mercados já fechados, com exceção da bolsa de Hong Kong, que teve forte alta após o comunicado. Nas demais praças, a reação deve repercutir no próximo pregão.
O Japão fechou em alta, enquanto Seul registrou forte queda em meio ao agravamento da crise política da região. O presidente não chegou a ser afetado pelo pedido de impeachment, mas foi impedido de viajar ao exterior.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,1%, o Stoxx Europe opera estável, o Nikkei fechou em alta de 0,2% e o Shanghai ficou estável.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,1%
• STOXX 600 estável
• FTSE 100 +0,2%
• Nikkei 225 +0,2%
• Shanghai SE Comp. estável
• MSCI EM +0,6%
• Dollar Index -0,1%
• Yield 10 anos +1bps a 4,1625%
• Petróleo WTI sobe 1,3%, a US$ 68,1 barril
• Futuro do minério em Singapura avança 2,4%, a US$ 105,85
• Bitcoin cai 1,7%, a US$ 98379
Commodities
- Petróleo: sobe em meio ao movimento da política monetária da China e queda de Assad. O brent/fev sobe 0,93% e o WTI/jan, avança 1,12%, a US$ 67,95.
- Minério de ferro: fechou em alta de 1,57% em Dalian na China, cotado a US$ 111,24/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 2,01%, cotado a US$ 105,40/ton. O mercado à vista está em alta de 1,52%, cotado a US$ 105,80/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a semana será plena de indicadores importantes, com a divulgação dos dados sobre a inflação ao consumidor (CPI) de novembro dos EUA na quarta-feira (11) e inflação ao produtor (PPI) na quinta-feira (12).
Em entrevista à NBC, Donald Trump disse que não planeja substituir Jerome Powell na presidência do Federal Reserve (Fed).
Na China, o Politburo, comitê executivo do Partido Comunista, anunciou que em 2025 implementará uma política fiscal mais proativa, além de aumentar a demanda interna e estabilizar o mercado imobiliário.
No Oriente Médio, destaque para a queda da ditadura de Bashar al-Assad, na Síria, com sua renúncia e fuga para a Rússia após a tomada da capital Damasco por rebeldes.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda da semana traz o IPCA de novembro nesta terça-feira (10), dados sobre o volume de serviços de outubro e a decisão do Copom na quarta-feira (11); além da divulgação sobre as vendas no varejo de outubro na quinta-feira (12) e o IBC-Br de outubro na sexta-feira (13).
A projeção do BTG Pactual é de nova alta da Selic na quarta-feira, de 0,75 ponto percentual. Assim, a taxa básica de juros deve ir de 11,25% para 12,00%.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula esteve em reunião com ministros, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às 9h.
No mercado financeiro, na última sexta-feira (6), o dólar subiu 1%, a R$ 6,07, enquanto o Ibovespa cedeu 1,50%, aos 125.946 pontos, com abertura da curva de juros em meio às incertezas sobre o pacote fiscal e a desvalorização das commodities. Na semana, o dólar valorizou 1,2% e o Ibovespa subiu 0,2%.
Destaques no mercado corporativo
- Gerdau e Newave Energia (joint venture da Gerdau e Newave Capital): iniciaram a construção de parque solar em Goiás.
- Raízen: comunicou que não há decisão sobre venda de ativos.
- Embraer: a Moody’s elevou o rating de “Ba1” para “Baa3” e a perspectiva de estável para positiva.
- CSN: a S&P Global reduziu o rating de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável.
- PetroReconcavo: registrou queda de 2,6% da produção diária de petróleo em novembro.
- Multiplan: concluiu a venda de 25% do Jundiaí Shopping por R$ 253,2 milhões.
- Itaúsa: anunciou o pagamento de R$ 630 milhões em juros sobre capital próprio JCP, com R$ 0,058 por ação.
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