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Morning Call: Pacote de redução de gastos e resultados das 'big techs' movimentam o mercado

Morning Call: Mercado é impactado por manifestação do Carrefour na França. Frigoríficos reagem no Brasil

Bolsa de Valores brasileira (B3) voltou a reagir na última semana, com alta de 1,74%, aos 129.125,51 pontos, atingindo a maior pontuação o início de novembro. A recuperação foi impulsionada pela alta das ações da Petrobras (PETR3) que subiram 5,23%, após a estatal divulgar a distribuição de R$ 20 bilhões em dividendos aos seus acionista e a divulgação do novo Plano de Negócios.

No mercado internacional, expectativas para o feriado de Ação de Graças, que fecha as bolsas de Nova York na próxima quinta-feira (28), abreviando o pregão na Black Friday. O foco do mercado também segue voltado para a ata do último Fomc amanhã (26), além do PCE de outubro, em meio às apostas para o Fed, após Powell declarar não ter pressa em cortar os juros.

No Brasil, o mercado também ficou agitado no final de semana, após o Carrefour da França anunciar que não comprará carne dos países do Mercosul, com reação dos frigoríficos no Brasil, com a interrupção no fornecimento, que já atinge 150 lojas da rede no Brasil e em até três dias deve desabastecer completamnte os supermercados do grupo.

O destaque da semana, no entanto, é a promessa de Haddad de que o pacote fiscal seja anunciado ainda nesta segunda-feira (25) ou na terça-feira (26).

Manchetes desta manhã

  • Governo usa banda de tolerância para cumprir meta de resultado primário (Valor)
  • Financiamento para imóveis usados cai mais de 80% (O Globo)
  • Países precisam evitar choques com prudência fiscal, diz chefe do FMI (Folha)
  • Inflação afeta mais os pobres com alta de alimentos e luz (Folha)
  • Com investimentos em conectividade e sustentabilidade, agro cresce no Brasil (Estadão)
  • Companhias que fecham capital aumentam na B3 (Valor)
  • Crise da carne com Carrefour pode afetar o abastecimento em lojas (Valor)
  • Preços sentem efeito do câmbio e podem piorar com Trump (Valor)
  • UniCredit oferece comprar o banco rival italiano Banco BPM por US$ 10,5 bilhões (CNBC)
  • Futuros de ações sobem na segunda-feira antes de semana de negociação mais curta (CNBC)
  • Banco central da China mantém taxa de juros de médio prazo inalterada em meio à fraqueza do iuane (CNBC)
  • Dólar cai após Trump nomear Bessent para o cargo no Tesouro (Financial Times)
  • Como as tarifas de Trump sobre a China mudaram o comércio dos EUA (The Wall Street Journal)

Mercado global

As bolsas da Europa operam em alta após discurso de Lane e escolha de Bessent nos EUA, impactando o índice Stoxx 600, que abriu em uma máxima de duas semanas. O movimento otimista na Europa também refletiu a contentação do mercado com os comentários do economista-chefe do BCE sobre a flexibilização da política monetária.

Na Ásia, as bolsas iniciaram a semana de forma indefinida, em meio à decisão do Banco Central chinês (PBoC) de manter a taxa de empréstimo de médio prazo (MLF) inalteradas, de 1 ano em 2%. Na China, o índice Xangai fechou em queda, assim como o Hang Seng; o Shenzhen, no entanto, registrou uma leve alta, enquanto em Tóquio, Coreia do Sul e Taiwan fecharam no positivo.

Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,5%, Stoxx Europe avança 0,1%, o Nikkei fechou em alta de 1,3% e o Shanghai caiu 0,1%.

Confira os principais índices do mercado:

• S&P 500 Futuro +0,5%
• STOXX 600 +0,1%
• FTSE 100 +0,3%
• Nikkei 225 +1,3%
• Shanghai SE Comp. -0,1%
• MSCI EM +0,6%
• Dollar Index -0,5%
• Yield 10 anos -5,9bps a 4,3414%
• Petróleo WTI -0,5% a US$ 70,85 barril
• Futuro do minério em Singapura +2,1% a US$ 102,65
• Bitcoin +1,4% a US$ 98401,44

Commodities

  • Petróleo: passou a cair em meio às tensões entre Rússia e Irã, com temores sobre fornecimento. O Brent/jan cai a US$ 74,79 (-0,51%) e o WTI/jan a US$ 70,82 (-0,59%).
  • Minério de ferro: encerrou em alta de 0,84% em Dalian na China, cotado a US$ 107,84/ton. Em Singapura, os contratos futuros também estão em alta de 2,06% a US$ 102,65/ton e o mercado à vista em alta de 0,58%, cotado a US$ 102,30/ton.

Impactos do Plano de Negócios da Petrobras no mercado

O anúncio de dividendos extraordinários de R$ 20 bilhões pela Petrobras (PETR4) reforçou a atratividade das ações da companhia para investidores focados em retornos via distribuição de lucros. A expectativa é que os papéis da estatal continuem em alta no curto prazo, principalmente com a implementação das novas diretrizes previstas em seu plano de negócios.

Esse plano estratégico, que prevê metas e ajustes financeiros, pode ter impactos significativos no médio e longo prazo, dependendo da percepção do mercado sobre sua execução.

Apesar do otimismo com a bolsa, o dólar encerrou na sexta-feira (22) estável, cotado a R$ 5,81. O câmbio financeiro está refletindo a cautela do mercado em relação a fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos, que continua a influenciar a taxa de câmbio no Brasil.

Cenário internacional

Nos EUA, a indicação de Donald Trump do gestor de fundos de hedge, Scott Bessent, como secretário do Tesouro anima o mercado e impulsiona alta em Nova York, em meio a preocupações sobre as políticas protecionistas deTrump, ameaça de elevação da inflação, tensões comerciais e volatilidade do mercado, segundo a Bloomberg.

Agenda tranquila de indicadores econômicos no exterior, com destaque para a divulgação dos dados de inflação durante a semana. Está prevista para esta terça-feira (26) a ata do FOMC e na quarta-feira (27), o PCE de outubro, além do ISM de novembro, estoques semanais de petróleo e segunda leitura do PIB dos EUA do terceiro trimestre. Na sexta-feira (29), deve sair o CPI do Reino Unido.

Cenário nacional

No Brasil, destaque para a divulgação do tradicional Boletim Focus, com projeções para inflação neste ano em queda, após quatro meses e expectativas para o câmbio elevadas pela sexta vez seguida, atingindo a marca de R$ 5,70.

A agenda do dia trouxe os dados do setor externo de outubro, às 8h30. Com o foco do mercado voltado para o pacote fiscal, entre os compromissos do dia, o presidente Lula participa de reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), às 10h, para discutir o pacote de corte de gastos, e, às 15h, tem reunião com ministros.

Na agenda da semana, está previsto o IPCA-15 de novembro na terça-feira (26), Caged na quinta-feira (28) e Pnad contínua na sexta-feira (29).

No mercado financeiro, o dólar subiu 0,1% na sexta-feira, a R$ 5,81, e o Ibovespa valorizou 1,74%, aos 129.126 pontos, com destaque para a forte alta dos papéis da Petrobras. No acumulado da semana, o dólar registrou alta de 0,4%, enquanto o Ibovespa avançou 1%.

Destaques no mercado corporativo

  • Petrobras: está em negociações com a Raízen, Inpasa e a britânica BP para uma potencial parceria no segmento de etanol, segundo a Reuters.
  • Raízen: avalia trazer sócio para etanol e vender Oxxo.
  • Carrefour Brasil: negou que haja desabastecimento das lojas no momento, devido à manifestação dos frigoríficos.
  • Iguatemi: A gestora Radar alcançou uma participação acionária de 5,03% na empresa. De acordo com o último formulário de referência, datado de 25 de outubro, a Radar não possuía participação relevante no grupo até então.
  • Grupo Matheus: concluiu a venda de imóveis para o fundo de investimento imobiliário TRX Real Estate, por R$ 122,8 milhões.
  •  Banco do Brasil: anunciou a distribuição de R$ 1.007 bi em JCP, ou R$ 0,1764/ação; com pagamento em 27/12.

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