Morning Call: Mercado atento ao Copom no Brasil e inflação dos EUA

Morning Call: Pacote de redução de gastos e resultados das 'big techs' movimentam o mercado

Bolsa de Valores brasileira (B3) completou o segundo dia consecutivo de alta nesta terça-feira (10), encerrando o pregão com um avanço de 0,80%, aos 128.228 pontos. No entanto, os patamares da inflação seguem pressionando o índice Ibovespa, com expectativa do mercado de que o Copom aumente em 1 ponto percentual a taxa Selic, nesta quarta-feira (11).

No mercado internacional, expectativa para a divulgação do CPI dos Estados Unidos, que deve influenciar a decisão do Fed sobre os juros. A espera por esses dados impacta as Bolsas de Valores, que operam sem direção definida nesta manhã.

No Brasil, o mercado aumenta suas apostas no Copom, com expectativa de que o Banco Central (BC) decida acelerar de 0,50pp para 0,75pp o ritmo de alta da Selic, para 12,0%, mas também se preparando para a possibilidade de dobrar o pace, elevando a 1pp.

Nesta quarta-feira (11), o dólar abriu em alta de 0,34%, a R$ 6,06 e o dólar futuro, avança 0,33%, a R$ 6,07. Os juros futuros abriram mistos: em queda na ponta longa; Jan/26 a 14,490%, de 14,388%; enquanto o Ibovespa futuro cede 0,06%, aos 128.310 pontos.

Manchetes desta manhã

  • IPCA sobe 4,87% em 12 meses, com pressão de serviços e alimentação (Valor)
  • Governo admite rever mudanças no BPC para viabilizar pacote (Folha)
  • PF faz ação contra desvio de emendas parlamentares (Folha)
  • Inflação desacelera em novembro, mas acumulado em 12 meses vai a 4,87% (Estadão)
  • Emendas saem, mas Lira sinaliza mudar pacote antes de votar (O Globo)
  • Senado aprova lei que regulamenta inteligência artificial no Brasil (O Globo)
  • Gol prevê aporte de R$ 11 bi para sair da crise financeira (O Globo)
  • Déficit fiscal estrutural tem novo aumento no 3º trimestre (Valor)
  • Ações da Alphabet saltam 6% após Google promover chip quântico “revolucionário” (CNBC)
  • Ações da Oracle sofrem maior queda de 2024 após lucros abaixo do esperado (CNBC)
  • Ações dos EUA devem desacelerar com o fim da “euforia” dos investidores, dizem grandes bancos (Financial Times)
  • Biden vai aplicar mais tarifas às importações de tecnologia limpa chinesa (Financial Times)
  • Avaliação da SpaceX sobe para US$ 350 bilhões em acordo de ações para funcionários (Financial Times)
  • Mudança monetária da China sinaliza preocupações econômicas, mas estímulo é improvável, dizem especialistas (CNBC)

Mercado global

As bolsas da Europa operam sem direção definida, à espera dos números da inflação dos EUA. A Inditex, dona da Zara, cai próximo de 6% devido à baixa nas vendas do terceiro trimestre.

Na Ásia, os índices também encerraram mistos, com o mercado focado na Conferência Central de Trabalho Econômico, que começa hoje na China, além dos dados de inflação dos EUA e a decisão do Fed.

No mercado de câmbio, na contramão do dólar, o yuan recua em meio a rumores de que as autoridades chinesas estudam permitir a desvalorização do yuan para compensar tarifas mais altas durante a presidência de Donald Trump.

Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,1%, Stoxx Europe opera estável, o Nikkei fechou estável e o Shanghai subiu 0,3%.

Confira os principais índices do mercado:

  • S&P 500 Futuro +0,1%
  • STOXX 600 estável
  • FTSE 100 estável
  • Nikkei 225 estável
  • Shanghai SE Comp. +0,3%
  • MSCI EM -0,4%
  • Dollar Index +0,3%
  • Yield 10 anos +1bps a 4,236%
  • Petróleo WTI sobe 1%, a US$ 69,29 barril
  • Futuro do minério em Singapura cai 0,7%, a US$ 104,6
  • Bitcoin +1,1% a US$ 97997,31

Commodities

  • Petróleo: sobe aproximadamente 1%, com geopolítica e mudança na política monetária da China. O Brent/fev sobe 0,89%, a US$ 72,83 e o WTI/jan avança 0,93%, a US$ 69,23.
  • Minério de ferro: fechou em queda de 1,64% em Dalian na China, cotado a US$ 111,36/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,85%, cotado a US$ 104,55/ton. O mercado à vista está em queda de 0,38%, cotado a US$ 105,20/ton.

Cenário internacional

Nos EUA, é dia de inflação ao consumidor (CPI) nos EUA, com divulgação prevista para as 10h30 e que ajudará a balizar as expectativas para a decisão do FOMC, na próxima semana. A projeção do mercado é de aceleração do indicador para 0,3% na comparação mensal, de 0,2% em outubro.

O Canadá também divulga hoje a decisão de política monetária; enquanto a Opep anuncia seu relatório mensal.

Cenário nacional

No Brasil, o destaque do dia é a decisão do Copom, após o fechamento do mercado, com projeção do BTG Pactual de alta de 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25%.

A agenda iniciou com a divulgação do volume de serviços de outubro, que aumentou 1,1% em outubro, bem acima do consenso (+0,5%).

O governo publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, uma portaria para destravar o pagamento de emendas parlamentares neste ano, em meio a resistências em relação ao mérito do pacote fiscal. O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que designará os relatores do projeto e tentará colocar as matérias em votação ainda este ano.

O plenário do Senado aprovou os três nomes indicados para a diretoria do Banco Central: Nilton David, Izabela Correa e Gilneu Vivan, apresentados nesta terça-feira (10).

No mercado financeiro, ontem o dólar caiu 0,6%, a R$ 6,04, e o Ibovespa subiu 0,80%, aos 128.228 pontos, com alívio dos juros futuros, mas ainda pressionado pelo cenário fiscal e pela expectativa da decisão do Copom.

Destaques no mercado corporativo

  • Petrobras: anunciou o pagamento de dividendos do terceiro trimestre para fevereiro e março de 2025.
  • Suzano: revisou a estimativa de investimentos para 2024, de R$ 16,5 bilhões para R$ 17,1 bilhões. Para 2025, a projeção de investimentos totaliza R$ 12,4 bilhões.
  • B3: informou que o volume médio diário de ações negociadas em novembro caiu 3,8%.
  • Neoenergia: pagará R$ 1 bilhão em proventos a partir do dia 20.
  • Americanas: realiza hoje Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
  • Fleury: anunciou o pagamento de JCP em 27/12, com R$ 0,21/ação.
  • Aeris: Oferta chinesa por controle da empresa não animou controladores.

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