A Bolsa de Valores brasileira (B3) fechou o pregão desta segunda-feira (4) em possante subida de 1,87%, de volta ao patamar dos 130 milénio pontos (130.514,79). Esse foi o maior aumento obtido pelo índice Ibovespa desde fevereiro deste ano, quando avançou 2,21%.
O principal motivo que impulsionou a recuperação do Ibovespa foi a reunião entre o Ministro da Quinta, Fernando Haddad, o presidente Lula e outros ministros para deliberar sobre o galanteio de gastos do governo, além do pregão de que o pacote fiscal será apresentado a qualquer momento.
A expectativa do mercado é de um galanteio na tira de R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões, que junto com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para quarta-feira (6) sobre a subida da Selic, deve estabilizar os ânimos do mercado.
O mercado internacional em peso acompanha o tão esperado dia das eleições presidenciais nos Estados Unidos, com expectativa para a apuração nos próximos dias em meio a uma disputa acirrada e tecnicamente empatada, conforme as últimas pesquisas realizadas no país.
Ao contrário das eleições no Brasil, onde os resultados são praticamente instantâneos, nos Estados Unidos podem levar dias para saber o nome do novo presidente e a impaciência do mercado se compelir até o final de semana, devido às eleições ocorrerem de forma indireta. Uma projeção do vencedor pode ser divulgada na noite desta terça-feira (5), mas não há expectativas de que o resultado seja divulgado antes de quarta.
Na China, as bolsas tiveram possante subida depois a divulgação dos dados de serviços supra do esperado e sob expectativa de novas medidas de fomento econômico em breve, repercutindo o mercado global.
No Brasil, o clima é de impaciência pelo pregão do pacote fiscal, que deve transpor a qualquer momento. Ontem, o cancelamento da viagem de Haddad à Europa para antecipar a decisão sobre o galanteio de gastos públicos acalmou o mercado, repercutindo na queda do dólar e retorno do Ibovespa à marca dos 30 milénio pontos, com o maior aumento intradiário desde o início do ano.
Aliás, o mercado segue de olhos nas eleições norte-americanas e momento positivo do mercado asiático, que deve ter fortes impactos sobre a economia brasileira.
Manchetes desta manhã
- Em cenário de incerteza, EUA escolhem presidente; Eleição deve afetar negócios com o Brasil (Valor)
- Lula consulta ministros de fora da extensão econômica sobre galanteio de gastos (Valor)
- Chip de IA da Nvidia cria mercado de dívida de US$ 11 bilhões (Valor)
- Pedestal dos democratas a Israel pode custar votos árabe-americanos em Michigan, estado-chave (Folha)
- Selic: Até onde o Copom terá de ir para trazer a inflação para a meta? (Estadão)
- Câmara tem disputa de projetos sobre emendas com proximidade de desfecho no STF (Estadão)
Mercado global
As bolsas da Europa oscilam em meio às expectativas sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que podem acarretar consequências para as empresas da região, devido às políticas de tarifas protecionistas propostas por Trump, caso ele vença. O mercado europeu também está cauteloso às próximas divulgações do Fed, e do BoE, que se reúne na próxima quinta-feira (7) e deve reduzir juros em 25 pb.
Na Ásia, as bolsas fecharam em possante subida depois a divulgação do PMI de serviços da China, que subiu a 52 em outubro e o PMI formado a 51,9, supra das projeções do mercado. As expectativas sobre novas medidas de fomento à economia da China, que devem ser feitos na próxima sexta-feira (8) também influenciaram para o fechamento em terreno positivo.
Nas demais praças, com exceção do índice Kospi, que caiu pressionado por ações ligadas a baterias, as bolsas seguiram no positivo. No entanto, também atentas aos resultados das eleições nos Estados Unidos.
Em Novidade York, os futuros operam de lado, enquanto rendimento (yield) dos treasuries de 10 anos avança para 4,29% e o bitcoin tem subida de 2,5%. O S&P 500 porvir sobe 0,2%, Stoxx Europe avança 0,1%, o Nikkei fechou em subida de 1,1% e o Shanghai subiu 2,3%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Porvir +0,2%
• STOXX 600 +0,1%
• FTSE 100 +0,3%
• Nikkei 225 +1,1%
• Hang Seng +2,1%
• Shanghai SE Comp. +2,3%
• MSCI EM +0,8%
• Dollar Índice -0,1%
• Yield 10 anos +1,4bps a 4,2989%
• Petróleo WTI +0,5% a US$ 71,86 barril
• Porvir do minério em Singapura +1,5% a US$ 105,45
• Bitcoin +2,5% a US$ 68789,63
Commodities
- Petróleo: wm ligeiro subida, estende ganhos antes do resultado das acirradas eleições nos EUA. O Brent/jan a US$ 75,40 (+0,43%) e WTI/dez a US$ 71,77 (+0,42%).
- Minério de ferro: registra subida de 2,53% em Dalian na China, cotado a US$ 111,30/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em subida de 1,06% a US$ 105,35/ton e o mercado à vista está em subida de 0,91%, cotado a US$ 105,35/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda de hoje traz o PMI de serviços S&P Global de outubro dos EUA, com divulgação prevista para as 11h45 e o ISM de outubro, que deve transpor às 12h. O mercado norte-americano acompanha de perto passo a passo das eleições presidenciais, cujos resultados devem transpor nos próximos dias e repercutir sobre o mercado global.
No pré-mercado de NY, as ações da Boeing sobem 2% depois os trabalhadores da companhia aprovarem o novo concórdia trabalhista e encerrarem a greve de quase dois meses.
Na Europa, entre os indicadores econômicos, destaque para o PMI formado do Reino Unificado, que caiu para 51,8 em outubro, de 52,6 em setembro, atingindo o menor nível desde novembro de 2023. Na China, o PMI de serviços Caixin avançou para 52 em outubro, de 50,3 em setembro.
Cenário pátrio
No Brasil, o mercado também acompanha as eleições dos EUA, de olho nos impactos que podem ter sobre a economia sítio, às vésperas da decisão do Copom e à espera do pregão de galanteio de gastos pelo governo.
Entre os indicadores econômicos, destaque para a divulgação do PMI de serviços de outubro às 10h e o leilão de NTN-Bs e LFTs do Tesouro.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula se reúne com ministros, incluindo Rui Costa, da Morada Social, e Esther Dweck, da Gestão, ao longo do dia, e às 18h participa da buraco da 21ª Semana Vernáculo de Ciência e Tecnologia.
No mercado financeiro, ontem, o dólar caiu 1,5%, cotado a R$ 5,78, e o Ibovespa subiu 1,87%, aos 130.515 pontos.
Destaques no mercado corporativo
- Itaú: teve lucro de R$ 10,67 bilhões no terceiro trimestre, com subida anual de 18,1%.
- BB Seguridade: reportou lucro de R$ 2,3 bilhões no terceiro trimestre, representando um progresso de 10%.
- TIM Brasil: divulgou lucro de R$ 805 milhões no terceiro trimestre, com progresso de 12,4% na conferência anual.
- Azul: transportou 2,7 milhões de passageiros em outubro, o que representa uma subida anual de 18,5%.
- Prio: produziu 79,2 milénio barris de óleo equivalente por dia (boed) em outubro, subida mensal de 11%.
- Wilson Sons: movimentou 135,9 milénio contêineres em outubro, progresso de 32%.
- Petrobras: a presidente da companhia, Magda Chambriard, disse à CNN Brasil que a Petrobras distribui dividendos de concórdia com as regras da empresa, seu projecto estratégico e os lucros que obtém.
- Braskem: anunciou que terá Roberto Ramos uma vez que novo presidente a partir do dia 30, em substituição à Roberto Bischoff.