Morning Call: Mercado abre dezembro de olho em dados econômicos

Morning Call: Pacote de redução de gastos e resultados das 'big techs' movimentam o mercado

Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o mês de novembro em alta de 0,85%, aos 125.667,83 pontos, porém com perda acumulada de 3,12% no mês. Este foi o terceiro mês seguido que o índice Ibovespa terminou em terreno negativo.

No mercado internacional, foco na semana de emprego nos EUA, com a divulgação dos relatórios payroll, ADP e Jolts; além da participação de Powell em evento, em meio às expectativas do mercado de um novo corte de juros este mês. Destaque também no mercado de commodities: a Opep deve atrasar a retomada da produção global, devido excesso de oferta.

No Brasil, o cenário fiscal continua em foco, com o início da tramitação de dois textos de contenção de gastos, já em fase de discussão na Câmara. Entre os indicadores econômicos, destaque para o PIB do terceiro trimestre e a produção industrial de outubro, que tendem a sinalizar um aquecimento da atividade econômica.

Manchetes desta manhã

  • Trocas de CEOs em grandes empresas marcam 2024 (Valor)
  • Créditos extras e precatórios fazem dívida pública disparar (Globo)
  • Burocracia trava projeto do Ibama para converter multas milionárias (Folha)
  • Bets chinesas pagam laranjas para atuar no mercado brasileiro (Estadão)
  • Investidor está desistindo do Brasil sem solidez fiscal prometida (Folha)
  • Economia tem desaceleração leve no 3º tri e aponta PIB forte no ano (Valor)
  • Black Friday tem a maior alta em 4 anos (Valor)
  • Última greve dos EUA contra chips da China atinge fabricantes de ferramentas de semicondutores (Reuters)
  • CEO da Stellantis, Carlos Tavares, renuncia em meio a problemas nos EUA e queda nas vendas (CNBC)
  • Texas oferece a Trump um plano para repressão à imigração ilegal (The Wall Street Journal)
  • Ameaça tarifária de Trump agita mercados de câmbio (The Wall Street Journal)

Mercado global

As bolsas da Europa iniciam a semana sem direção definida, em meio à divulgação dos PMIs da região e incerteza política na França. O partido de extrema-direita francês, Reunião Nacional (RN), ameaça derrubar o governo do primeiro-ministro, Michel Barnier, em um voto de desconfiança, pressioanando o orçamento nacional. O mercado também repercute os comentários dovish do membro do BCE, Martins Kazaks, que aumentou especulações sobre novos cortes nas taxas.

Na Ásia, as bolsas encerraram o primeiro pregão de dezembro em alta, sustentadas pelos resultados positivos na atividade industrial da China. Nas outras praças, apenas o Kospi fechou levemente em baixa.

Em Nova York, o dólar e o rendimento (yield) dos treasuries operam em alta, assim como as commodities. O S&P 500 futuro cai 0,2%, o Stoxx Europe avança 0,3%, o Nikkei fechou com valorização de 0,8% e o Shanghai +1,1%.

Confira os principais índices do mercado:

• S&P 500 Futuro -0,2%
• STOXX 600 +0,3%
• FTSE 100 estável
• Nikkei 225 +0,8%
• Shanghai SE Comp. +1,1%
• MSCI EM +0,7%
• Dollar Index +0,4%
• Yield 10 anos +4,1bps a 4,2091%
• Petróleo WTI +0,9% a US$ 68,6 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,6% a US$ 104,65
• Bitcoin -2,7% a US$ 95156,81

Commodities

  • Petróleo: sobe com forte atividade industrial na China e escalada das tensões no Oriente Médio. O brent/fev sobe a US$ 72,44 (+0,84%) e o WTI/jan a US$ 68,55 (+0,81%).
  • Minério de ferro: encerrou em alta de 1,26% em Dalian na China, cotado a US$ 110,86/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 0,56%, cotado a US$ 104,60/ton e o mercado à vista em alta de 0,67%, cotado a US$ 105,40/ton.

Cenário internacional

Nos EUA, a agenda do dia traz como destaque o PMI industrial de novembro, às 11h45. Para amanhã (3) está previsto o relatório de emprego Jolts, na quarta-feira (4) o relatório ADP de vagas no setor privado, o Livro Bege do Fed e o discurso de Jerome Powell. Para sexta-feira (6), o mercado aguarda o payroll.

Na China, foi divulgado o PMI industrial, que avançou para 50,3 em novembro, de 50,1 em outubro, e o PMI não-manufatureiro, que caiu para 50 em novembro, de 50,2 em outubro.

Cenário nacional

No Brasil, destaque para a divulgação do Boletim Focus, com projeção de 4,71% para IPCA. Ao longo da semana, foco no PIB do terceiro trimestre, na terça-feira (3) e dados sobre a produção industrial na quarta-feira (4).

Entre os eventos do dia, o diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, que assume a presidência em janeiro, participa de eventos às 10h e às 20h.

No mercado financeiro, o dólar subiu 0,2% na sexta-feira, a R$ 6,00, e o Ibovespa fechou em alta de 0,85%, aos 125.668 pontos. Em novembro, o dólar valorizou 3,8% e o Ibovespa caiu 3,12%.

Destaques no mercado corporativo

  • BTG Pactual: Research do banco divulga hoje as carteiras recomendadas para dezembro: Ações, Small Caps, dividendos, Fundos Imobiliários e BDRs. Na carteira de Ações (10SIM), entram BB Seguridade, TIM, WEG, Suzano, Sabesp e Copel.
  • Petrobras: iniciou contratação de plataformas do projeto Sergipe Águas Profundas.
  • Ultrapar: iniciou com um pedido de autorização no Cade para uma parceria entre a Ultragaz e a Supergasbrás Energia que planeja a construção de um terminal no Porto de Pecém (CE), destinado à movimentação de GLP (gás liquefeito).
  • Stellantis: anunciou que aceitou a renúncia do CEO, Carlos Tavares, um ano antes do previsto.
  • Tecnisa: propôs aumento de capital de até R$ 25 milhões com venda de novas ações, a R$ 1,48 cada.
  • Volkswagen: os trabalhadores iniciaram hoje greves de advertência em fábricas espalhadas por toda a Alemanha. O movimento ocorre em meio a uma escalada na disputa com a empresa, motivada por demissões em massa, cortes de benefícios e o risco de fechamento de unidades fabris.

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