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Morning Call: Pacote de redução de gastos e resultados das 'big techs' movimentam o mercado

Morning Call: Ibovespa inicia 2025 em queda, enquanto o dólar sobe com alta das commodities

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou 2024 em alta de 0,01%, aos 120.283 pontos, com uma retração de 10,36%, demonstrando a fragilidade das grandes empresas brasileiras em meio à pressão do cenário fiscal e preocupação do mercado com os gastos públicos. A primeira sessão de 2025 abriu em queda de 0,19%, aos 120.057,29 pontos.

Já o Bitcoin apareceu como o grande vencedor do ano, com uma valorização de 183,25%, seu melhor desempenho desde 2020. Em seguida, o BDRX (índice de BDRs – ações estrangeiras) registraram alta de 70,59%. Já o dólar Ptax teve uma valorização de 27,91%, registrando sua maior alta desde 2020.

A moeda norte-americana abriu esta quinta-feira (2) em queda de 0,10%, a R$ 6,17 e o dólar futuro sobe 0,07%, a R$ 6,20; enquanto os juros futuros abrem em queda e o Ibovespa futuro sobe 0,26%, aos 121.965 pontos.

No Brasil, o mercado inicia o ano ainda refletindo a frustração com a dinâmica fiscal e a crise das emendas parlamentares que encerraram 2024 questionando possíveis desafios sobre a governabilidade de Lula em ano pré-eleitoral.

Manchetes desta manhã

  • Capitais mostram descompasso entre receitas e despesas, e cresce risco de desajuste fiscal (Valor)
  • Moraes é relator da maioria dos inquéritos criminais do STF (Estadão)
  • Gol faz acordo com Fazenda e Receita para parcelar R$ 5,5 bilhões (Valor)
  • Equipe de Trump abre série de potenciais ‘conflitos de interesse’ no setor financeiro (Valor)
  • “Dívida do Brasil preocupa, mas reação do mercado pode ser exagerada”, diz economista do Citi (Valor)

Mercado global

As bolsas da Europa iniciaram o primeiro pregão do ano operando de forma mista, após uma liquidação no fim do ano motivada por preocupações com as políticas conservadoras do novo presidente dos EUA, Donald Trump. Bancos e montadoras lideraram quedas setoriais, com perdas de mais de 1,5%.

Na Ásia, as bolsas encerraram a sessão desta quinta-feira em forte baixa, após a divulgação de dados sobre a atividade industrial chinesa trazer resultados abaixo das expectativas do mercado. Segundo a Bloomberg, este foi o pior primeiro pregão da Ásia desde 2016, com quedas acentuadas em todas as praças, com exceção da Bolsa de Tóquio, que volta a operar nesta sexta-feira (3), devido ao feriado na região.

Em Nova York, o Dow Jones Futuro sobe 0,73%, o S&P 500 Futuro valoriza 0,84% e o Nasdaq Futuro avança 1,05%.

Confira os principais índices do mercado:

  • Nikkei: Feriado
  • Hang Seng: -2,18%
  • Kospi: -0,02%
  • Taiex: -0,88%
  • Xangai: -2,66%
  • Shenzhen: -2,57%
  • FTSE 100 (Reino Unido): +0,04%
  • DAX (Alemanha): -0,17%
  • CAC 40 (França): -1,04%
  • Ibex 35: -1,06%
  • Stoxx 600: -0,21%

Commodities

  • Petróleo: avança com otimismo sobre a China e a demanda após a promessa de ano novo de Xi Jinping. O brent para março sobe 1,27%, a US$ 75,59 e o WTI para fevereiro avança 1,31%, a US$ 72,66.
  • Minério de ferro: fechou em alta de 0,64% em Dalian, na China, cotado a US$ 107,13/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão estáveis, cotados a US$ 100,80/ton. O mercado à vista está em alta de 0,10%, cotado a US$ 101,35/ton.

Cenário internacional

No mercado internacional, destaque para os indicadores de atividade industrial em dezembro, fluxo cambial e dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.

O mercado segue atento se Trump cumprirá suas ameaças protecionistas, que incluem cortes de impostos e imposição de tarifas a países considerados desleais no comércio internacional, medidas que podem gerar pressões inflacionárias.

Cenário nacional

No Brasil, destaque para a divulgação do IPC-S da 4ª semana de dezembro e do Índice de Confiança Empresarial, além do fluxo cambial semanal.

Destaques no mercado corporativo

  • Vale: firmou repactuação de concessões de ferrovias com o Ministério dos Transportes.Compromisso de transporte global máximo de R$ 11 bilhões. Acordo eleva em R$ 1,7 bilhão a provisão para concessões.
  • Embraer: Vendeu quatro aeronaves A-29 Super Tucano para um cliente africano não revelado. As aeronaves serão usadas em vigilância de fronteiras, inteligência e outras missões.
  • Prio: Conselho aprovou aumento de capital de R$ 3 bilhões via capitalização de reservas de lucros.
  • Brava Energia: Concluiu aquisição de 23% da QatarEnergy Brasil nos campos de petróleo Abalone, Ostra e Argonauta.Transação avaliada em US$ 150 milhões (desconsiderando ajustes).
  • Gerdau: Celebrou acordo com o Cade, pagando R$ 256 milhões ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
  • Acordo não implica reconhecimento de irregularidades.
  • CSN: Comprou 70% da holding logística Estrela por R$ 742,5 milhões.
  • Totvs: Finalizou aquisição total da VarejOnline por R$ 49 milhões.
  • Automob: Concluiu incorporação da Vamos Comércio de Máquinas Linha Amarela.Automob foi extinta, e Automob Participações herdou direitos e obrigações.
  • Heringer: CFO Pérsio Ravena renunciou por motivos pessoais; substituído interinamente por Gustavo Bastide Horbach. Presidente do conselho Donal Mathews Lambert também deixou o cargo; novo nome será definido em breve.
  • Raízen: Norges Bank alcançou 5,001% de participação acionária, com 67.962.400 ações PN.

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