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Morning Call: Pacote de redução de gastos e resultados das 'big techs' movimentam o mercado

Morning Call: G20 no Brasil mobiliza o mercado

Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão às vésperas do feriado da República praticamente estável, em leve alta de 0,05%, aos 127.791,60 pontos, apesar da cautela dos investidores em relação ao pacote fiscal, estimando um corte em torno de R$ 70 milhões. O anúncio pode acontecer ainda esta semana, já que estava previsto para após a reunião do G20, que inicia hoje, no Rio de Janeiro.

No mercado internacional, assim como no Brasil, o destaque da semana é a reunião do G20, que concentra as maiores economias do mundo, com mais de 20 chefes de Estado e autoridades entre hoje (18) e terça-feira (19) no Rio de Janeiro. A cerimônia de abertura do evento será marcada pelo lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

No Brasil, assim como no mercado internacional, a semana segue fraca de indicadores econômicos e será mais curta, com a B3 fechada na quarta-feira (20), devido ao feriado da Consciência Negra. No entanto, terá destaque na agenda fiscal na sexta-feira (22), que promete, com o relatório bimestral de receitas e despesas.

Manchetes desta manhã

  • Brasil abre G20 com plano contra fome e pobreza; consenso está em risco (Valor)
  • Governo anuncia acordo para importar gás da Argentina (O Globo)
  • No Brasil para o G20, Biden permite uso de mísseis mais potentes contra a Rússia (Estadão)
  • Biden sobrevoa Manaus, vai a museu e anuncia US$ 50 milhões para fundo (Folha)
  • Inflação já ameaça estoura meta nos 5 primeiros meses de 2025 (Estadão)
  • Gasto federal fora do teto nos últimos 6 anos chega a R$ 20 bilhões (Estadão)
  • PEC 6×1 pode afetar pequenas e médias empresas e produção no país (Valor)
  • BoJ vê progresso na inflação e mantém aumento da taxa de dezembro na mesa (Reuters)
  • Ações da Tesla sobem após notícia de que Trump quer relaxar regras de direção autônoma nos EUA (CNBC)
  • Ações da Samsung sobem mais de 7% após plano de recompra surpresa de US$ 7 bilhões (CNBC)
  • Chefe do petróleo Chris Wright é nomeado secretário de energia de Donald Trump (Financial Times)

Mercado global

As bolsas da Europa abriram o pregão desta segunda-feira em leve alta, mas passaram a operar sem direção definida, na expectativa pelos discursos do economista-chefe do BCE Philip Lane e da presidente Christine Lagarde. A chance de um corte de 25 bps nos juros pelo BCE em dezembro é de 72%, sendo 142 bps até o fim de 2025.

Na Ásia, as bolsas terminaram a sessão de forma mista por razões variadas. Na China, as bolsas fecharam em queda, pressionadas por ações de empresas de software e dados de serviços ao consumidor. A decisão do Morgan Stanley de cortar a recomendação para ações chinesas para ligeiramente abaixo da média do mercado também pesou sobre os índices da região.

O índice Kospi fechou em alta, impulsionado pela valorização das ações da Samsung, que subiram próximo de 6% após revelar plano de recompra de ações. Nas demais praças, Tokio fechou em queda e o índice HK encerrou o pregão em terreno positivo.

Em Nova York, o S&P 500 futuro opera estável, o Stoxx Europe recua 0,2%, o Nikkei fechou em queda de 1,1% e o Shanghai caiu 0,2%.

Confira os principais índices do mercado:

• S&P 500 Futuro estável
• STOXX 600 -0,2%
• FTSE 100 +0,3%
• Nikkei 225 -1,1%
• Shanghai SE Comp. -0,2%
• MSCI EM +0,3%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos +1,8bps a 4,4572%
• Petróleo WTI +0,8% a US$ 67,53 barril
• Futuro do minério em Singapura +2,7% a US$ 99,3
• Bitcoin +3,1% a US$ 91933

Commodities

  • Petróleo: opera em leve alta e avança à medida que as tensões entre a Rússia e a Ucrânia aumentam. O brent/janeiro sobe 0,77%, a US$ 71,59; o WTI/dez, +0,66%, a US$ 67,46.
  • Minério de ferro: registra alta de 1,87% em Dalian na China, cotado a US$ 105,10/ton. Em Singapura, os contratos futuros também estão em alta de 2,06% a US$ 99,30/ton e o mercado à vista em alta de 1,19%, cotado a US$ 100,95/ton.

Otimismo no exterior

Apesar do feriado desta quarta-feira (20), o mercado brasileiro iniciou a semana com sinais de otimismo. Na última sexta-feira (15), durante o fechamento da Bolsa, os ADRs (recibos de ações de empresas brasileiras negociados nos Estados Unidos) registraram alta, mesmo em um cenário de queda nas bolsas americanas. Esse desempenho sugere uma abertura positiva para o mercado local.

Cenário internacional

Nos EUA, a agenda de hoje traz como destaque os discursos do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, às 12h, e da presidente do BCE, Christine Lagarde. No final da semana, atenção ao PMI composto dos EUA, na sexta-feira (22).

Em relação ao mercado externo, na zona do Euro, o foco está voltado para a inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro, além da decisão sobre os juros da China, prevista para terça-feira (19). No Japão, a moeda recuou após o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, evitar fornecer qualquer informação sobre a possibilidade de manutenção dos juros em dezembro.

Cenário nacional

No Brasil, a agenda da semana segue fraca em relação a indicadores econômicos, mas inicia com atenção do mercado global, por sediar a cúpula do G20. A semana começou com o tradicional Boletim Focus e o Boletim Macrofiscal, previsto para ser divulgado pela Fazenda às 10h.

Entre os compromissos do dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de evento hoje, às 12h35, em São Paulo.

A atenção do mercado ainda segue voltada à iminência do anúncio do pacote fiscal, que deve ocorrer após a visita do presidente da China, Xi Jinping, em Brasília e após o término do G-20. A presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também atraiu atenção do mercado, ao anunciar uma contribuição adicional de US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia.

No mercado financeiro, na sexta-feira de feriado (15), o EWZ, principal ETF brasileiro negociado em NY, recuou 0,40%. Na véspera, o dólar caiu 0,01%, a R$ 5,78, e o Ibovespa teve leve alta de 0,05%, aos 127.792 pontos.

Destaques no mercado corporativo

  • Copasa e Cemig: O governo de MG protocolou na quinta-feira os projetos de lei para a privatização da Copasa e da Cemig. As ações da Copasa subiram 4,5% e da Cemig tiveram alta de 5,2%.
  • Petrobras e Yara Fertilizantes: fecharam acordos de cooperação, segundo informações da Bloomberg.
  • Suzano: concluiu emissão de dívida na moeda chinesa, os panda bonds, no montante de 1,2 bilhão de renminbi (US$ 167,9 milhões) e com cupom de 2,8% ao ano.
  • Unigel: entrou com pedido de proteção no Chapter 15 em Nova York.
  • JHSF: divulgou lucro líquido consolidado de R$ 140 milhões no terceiro trimestre, alta de 20,9% em relação ao mesmo período de 2023.
  • C&A: informou que os acionistas Cofra Investments S.à rl e Incas S.à rl venderam 40.000.000 de ações ON, perdendo sua participação acionária para 161.302.215 de ações, que representam 52,4% do capital social da empresa.

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