A Bolsa de Valores brasileira (B3) vem perdendo forças nos últimos dias, se afastando da marca de 130 milénio pontos, à medida que aumentam as tensões do mercado à espera do pacote fiscal prometido pelo governo posteriormente as eleições municipais. Na última sexta-feira (8), o Ibovespa, principal índice da Bolsa encerrou a semana em queda de 1,43%, aos 127.829,80 pontos e com um volume financeiro de R$ 29,9 bilhões.
No mercado internacional, o feriado do Dia do Veterano nos EUA fecha os Treasuries hoje, mas as bolsas em NY abrem normalmente, na expectativa de indicadores econômicos importantes nesta semana, porquê o CPI de outubro e da participação de Powell em evento nesta quinta-feira.
Na China, o mercado ainda repercute os dados de inflação divulgados no término de semana e aguardam pela produção industrial e vendas no varejo esta semana.
No Brasil, apesar da semana mais curta do feriado da República, que fecha a B3 na sexta-feira, o mercado segue impaciente à espera dos cortes de gastos do governo, que já entra na terceira semana de debates sem consenso.
Manchetes desta manhã
- Desvirtuadas, emendas de bancadas estaduais deixam de financiar obras estruturantes (Valor)
- Ressarcimento potencial derrubado por Toffoli na Lava Jato era de R$ 17 bi (Folha)
- Controle do orçamento pelo Congresso no Brasil é maior do que em países da OCDE (Estadão)
- Com vendas em queda no exterior, coche elétrico avança no Brasil (Estadão)
- Incitação ao petróleo nos EUA pode atrasar transição energética (O Mundo)
- Mais modesto, golpe de gastos deve trespassar nos próximos dias (Valor)
- Na América do Sul, Trump já está perdendo guerra mercantil com a China (Reuters)
- Banco privado do Deutsche demite mais de 100 banqueiros seniores em campanha de redução de custos (Financial Times)
- Bitcoin ultrapassa US$ 82.000 em novo recorde (The Wall Street Journal)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em subida, impulsionadas com as máximas em Wall Street, tiveram a melhor semana em um ano posteriormente a vitória eleitoral de Trump.
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão mistas segunda-feira, com a China em subida com, influenciada pelas ações de tecnologia e, no Japão, Hong Kong fechou em queda, pressionado por ações do setor imobiliário.
Em Novidade York, O S&P 500 porvir avança 0,3% e o Stoxx Europe tem subida de 1,2%. Destaque para a valorização de 6,7% das ações da Tesla no pré-mercado de NY. Apesar do feriado do Dia dos Veteranos nos EUA,com o mercado de títulos (treasuries) fechados, as Bolsas seguem funcionando normalmente.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Horizonte +0,3%
• STOXX 600 +1,2%
• FTSE 100 +0,9%
• Nikkei 225 +0,1%
• Shanghai SE Comp. +0,5%
• MSCI EM -0,8%
• Dollar Índice +0,3%
• Yield 10 anos sólido a 4,3043%
• Petróleo WTI -1,4% a US$ 69,4 barril
• Horizonte do minério em Singapura -1,6% a US$ 100,9
• Bitcoin +2,5% a US$ 81931,63
Commodities
- Petróleo: segue em queda, ao ponto que a ameaço de tempestade nos EUA diminui e incitamento da China ainda decepciona. O brent/jan cai 1,20%, a US$ 72,98; o WTI/dez, -1,39%, a US$ 69,40; ambos perderam mais 2% na sexta-feira passada.
- Minério de ferro: registra queda de 2,87% em Dalian na China, cotado a US$ 105,88/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,81% a US$ 100,70/ton e o mercado à vista está em queda de 1,66%, cotado a US$ 101,60/ton.
Dívida pública e déficit fiscal em foco
As preocupações com a trajetória da dívida pública se intensificaram posteriormente a recente divulgação de um déficit fiscal superior a R$ 20 bilhões em um único mês, um dos maiores já registrados. Paralelamente, o governo tem discutido possíveis reajustes salariais para o funcionalismo público, o que contrasta com a premência urgente de reduzir os gastos.
A dificuldade em lastrar as contas públicas pode combalir a crédito do mercado e gerar custos adicionais para a população, mormente para as classes mais vulneráveis, que dependem dos serviços públicos.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda desta semana começa a se evidenciar a partir de quarta-feira (13), com sados sobre a inflação ao consumidor dos EUA (CPI) de outubro e discursos de dirigentes do Fed em eventos, inclusive de Jerome Powell nesta quinta-feira (14). Na sexta-feira (15) destaque para as vendas no varejo e produção industrial de outubro dos EUA.
A agenda segue com o PIB do Reino Uno e da zona do euro também na quinta-feira (14), além dos dados de produção industrial e vendas no varejo de outubro da China.
Cenário vernáculo
No Brasil, a agenda da semana inicia com a divulgação do tradicional Boletim Focus e do resultado primordial do setor público consolidado de setembro, divulgado às 8h30. Para esta terça-feira está prevista a ata do Copom, seguida por dados sobre vendas no varejo de setembro, na quarta-feira (13), além de volume de serviços de setembro e, na quinta-feira (14), a divulgação do IBC-Br de setembro.
Entre os compromissos do dia, o ministro da Rancho, Fernando Haddad, retornará a Brasília hoje para tentar destravar o pacote de golpe de gastos em negociação com o presidente Lula, segundo o Estadão; enquanto o presidente Lula tem reunião hoje, às 15h, sobre o G20.
No mercado financeiro, o dólar avançou 1,1% na sexta-feira, a R$ 5,73, e o Ibovespa recuou 1,43%, aos 127.830 pontos. Na semana, o dólar teve uma valorização de 2,3% e o índice caiu 0,23%.
Destaques no mercado corporativo
- M. Dias Branco: divulgou na sexta-feira lucro líquido de R$ 124,6 milhões no terceiro trimestre, com queda de 60%.
- Paranapanema: reduziu o prejuízo em 12,3% no terceiro trimestre, para 335,2 milhões.
- Embraer: a Suécia selecionou C-390 da companhia para transporte militar tático.
- CCR e a Neoenergia: firmaram combinação para autoprodução de força eólica no Piauí.
- Oi: assinou a venda de ativos para a SBA Torres Brasil por R$ 40 milhões.
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