O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou a primeira sessão de 2025 em queda de 0,13%, aos 120.125 pontos, pressionada pelo desempenho negativo das bolsas internacionais e pelo pessimismo com o cenário fiscal brasileiro. A performance da Petrobras ajudou a sustentar o índice e conter a queda. As ações da estatal valorizaram cerca de 2% com a alta do petróleo no exterior.
O mercado internacional tem dia fraco de indicadores econômicos e apenas Nova York tem agenda hoje, com a divulgação do PMI industrial medido pelo ISM, com previsão de 48,4 e potencial de reforçar a percepção de um Fed menos inclinado a cortar os juros este ano. O mercado também aguarda para esta sexta-feira (3) o discurso do Fed boy, Tom Barkin.
No Brasil, o dia segue sem indicadores econômicos importantes, enquanto Brasília continua em recesso das festas de final de ano. O foco do mercado, no entanto, segue voltado para a novela das emendas.
Hoje, o dólar abriu em queda de 0,07%, a R$ 6,15 e o dólar futuro em leve alta de 0,01%, a R$ 6,18. Já os juros futuros também abriram em queda a partir de Jan/27, com ponta mais curta em viés de alta; enquanto o Ibovespa futuro cede 0,25%, aos 121.045 pontos.
Manchetes desta manhã
- Com dólar acima de R$ 6, estimativas da inflação para 2025 sobem para casa de 5% (Valor)
- Emendas Pix aumentam 12 vezes em quatro anos (Globo)
- Saída de dólares do Brasil em 2024 é a terceira maior da série histórica (Folha)
- Governo se ancora em Dino para cortar emendas se despesa subir (Estadão)
- Inflação mais elevada entra no radar de 2025 e desafia rumo dos juros (Valor)
- TJSP condena bancos a indenizarem vítimas de golpe financeiro (Valor)
- Biden vetará aquisição da U.S. Steel pela Nippon Steel, diz jornal (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em queda após divulgação de dados econômicos fracos e com poucos sinais de recuperação da economia, nesta quinta-feira (2) e diante do medo do mercado de uma guerra comercial com os EUA após ameaças protecionistas de Trump.
Na Ásia, as bolsas encerraram a semana sem direção única, com o mercado enfraquecido de indicadores econômicos e a bolsa de Tóquio fechada devido ao feriado local. Em Seul, o índice Kospi encerrou em alta, superando a tensão da crise política.
Em Nova York, os índices futuros operam em leve alta, com o índice Dow Jones Futuro em leve alta de 0.19%, o S&P 500 Futuro avançando 0.17% e o Nasdaq Futuro em alta de 0.26%.
Confira os principais índices do mercado:
- Nikkei: (Feriado)
- Hang Seng: +0,70%
- Kospi: +1,79%
- Taiex: +0,33%
- Xangai: -1,57%
- Shenzhen: -2,65%
- FTSE100: -0,16%
- DAX: -0,28%
- CAC 40: -0,79%
- Ibex 35: -0,01%
- Stoxx 600: -0,27%
Commodities
- Petróleo: cai, mas deve registrar ganhos semanais. O brent/março cai 0,46%, a US$ 75,58 e o WTI/março recua 0,46%, a US$ 72,79.
- Minério de ferro: fechou em queda de 2,18% em Dalian na China, cotado a US$ 104,41/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 2,77%, cotados a US$ 98,10/ton. O mercado à vista está em queda de 2,64%, cotado a US$ 98,70/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, destaque para a divulgação do PMI industrial medido pelo ISM, prevista para às 12h e os dados da Baker Hughes sobre os poços e plataformas em operação, às 15h, no entanto, sem potencial de influenciar o petróleo.
Também está previsto para esta sexta-feira o discurso de Tom Barkin, do Fed de Richmond.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda segue esvaziada de indicadores econômicos, com destaque para a divulgação do IPC-S Capitais da 4ª semana de dezembro, que registrou alta de 0,31% e acumula alta de 3,99% nos últimos 12 meses.
As eleições para os comandos da Câmara e do Senado estão previstas para o próximo mês, em meio a um ambiente de tensão entre os Três Poderes.
No Senado, a votação ocorrerá no sábado, 1º de fevereiro, com Davi Alcolumbre despontando como o principal favorito. Na Câmara, a eleição será realizada em 3 de fevereiro, tendo Hugo Motta (Republicanos) como candidato único.
Destaques no mercado corporativo
- Prio: utilizará a infraestrutura para gás natural dos campos de Frade (100% de participação) e Albacora Leste (90% de participação).
- Gol e Azul: fecharam acordos com o governo para redução de dívidas: dívidas totais: R$ 7,8 bilhões. Pagamento acordado: R$ 2 bilhões.
- BR Partners: passará a integrar os índices Small Caps (SMLL) e Dividendos (IDIV) da B3 a partir de segunda-feira (6)