A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão de sexta-feira (13) em queda de 1,13%, aos 124.612,22 pontos, acumulando o segundo dia de queda consecutiva, impactada pelo atual cenário fiscal, após aumento da Selic e espera pela aprovação do pacote de corte de gastos no Congresso; além de fatores do mercado internacional.
Commodities como minério de ferro e petróleo enfrentaram grande volatilidade, aumentando a pressão de ações como Vale (-1,5%) e Petrobras (ON -0,48% e PN -0,63%) sobre o índice Ibovespa.
Nesta segunda-feira (16), o dólar abriu em alta de 0,48%, a R$ 6,06 e o dólar futuro avança 0,31%, a R$ 6,06, enquanto os juros futuros também abriram em alta e o Ibovespa futuro seguiu na contramão, em queda de 0,23%, aos 124.710 pontos.
O mercado internacional inicia a semana com expectativa de importantes decisões de política monetária, com destaque para os dados de atividade da China, divulgados neste domingo, que vieram abaixo do esperado e desanimaram os investidores sobre o ritmo da economia no país.
A decisão sobre os juros da China é prevista para esta semana, assim como a decisão do FOMC nos EUA, na quarta-feira (18), além do Banco da Inglaterra (BoE), do Japão (BoJ) e do México, na próxima quinta-feira (19).
No Brasil, destaque para o boletim de saúde do presidente Lula, que teve alta hospitalar, mas deve permanecer em São Paulo até quinta-feira (19), de onde deve participar das últimas decisões políticas antes do recesso de fim de ano.
No cenário fiscal, após o choque da Selic na semana passada, o mercado aguarda com expectativa pela ata do Copom, prevista para esta terça-feira (17). Em meio à desvalorização do real, o BC programou para hoje mais um leilão de linha, para suprir a demanda pontual de fim de ano, com o dólar acima de R$ 6.
Em meio a esses acontecimentos, o governo corre contra o tempo para aprovar o pacote fiscal, o projeto da reforma tributária e o Orçamento/25 ainda nos próximos dias.
Manchetes desta manhã
- Lula deixa hospital em São Paulo (O Globo)
- Totalmente controlada’, diz Lula sobre inflação (Estadão)
- Previsão de alta de juros deve impulsionar investimentos de renda fixa no ano que vem (Folha)
- Governo libera emenda para tentar aprovar pacote fiscal (Folha)
- Alta do dólar chega a alimentos; carne e cesta de Natal sobem 2 dígitos (Estadão)
- Juízes têm extra mensal de R$ 12 mil com mais um penduricalho (Estadão)
- Ano marca retomada da indústria de transformação, mas juro e Trump são desafios (Valor)
- Brasil perde espaço em portfólio estrangeiro (Valor)
- Bitcoin sobe acima de US$ 106.000 com esperanças de reserva estratégica (Reuters)
- Como os megaprojetos de satélite da China estão desafiando a Starlink de Elon Musk (CNBC)
- Assad enviou US$ 250 milhões em dinheiro da Síria para Moscou (Financial Times)
- Apple e Google são instruídos pelo comitê da Câmara a se prepararem para abandonar o TikTok no próximo mês (CNBC)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em queda, com movimento negativo liderado pelas ações francesas, após rebaixamento pela Moody’s, de “Aa2” para “Aa3”, com perspectiva estável, mencionando a preocupação de que as finanças públicas se deteriorarem nos próximos anos devido à instabilidade política. Na última semana, Macron nomeou François Bayrou como o novo primeiro-ministro, encerrando uma semana de incertezas após o colapso do governo de Barnier.
Segundo estimativas preliminares sobre a economia da França, o setor privado contraiu pelo quarto mês consecutivo e o setor de serviços registrou contrção em um ritmo mais lento.
Na Ásia, as bolsas encerraram o primeiro pregão da semana em queda por razões diversas em cada praça. Na China, a queda foi motivada pela decepção dos investidores com os dados de vendas no varejo, que se sobrepuseram aos dados positivos de produção industrial e vendas de imóveis.
Já no Japão, o desempenho negativo reflete a expectativa pela nova decisão do BoJ, prevista para a próxima quinta-feira (19), após a decisão do Fed. Em Seul, a aprovação do impeachment do presidente fez a bolsa interromper uma sequência de altas, em meio à crise política no país.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,2%, Stoxx Europe cai 0,2%, o Nikkei fechou estável e o Shanghai -0,2%.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,2%
- STOXX 600 -0,2%
- FTSE 100 -0,3%
- Nikkei 225 estável
- Shanghai SE Comp. -0,2%
- MSCI EM -0,2%
- Dollar Index estável
- Yield 10 anos -2,2bps a 4,375%
- Petróleo WTI -0,9% a US$ 70,62 barril
- Futuro do minério em Singapura +0,9% a US$ 104,85
- Bitcoin +1,6% a US$ 104517,94
Commodities
- Petróleo: bruto cai em meio a sinais fracos de demanda chinesa. O Brent/fev cai 0,77%, a US$ 73,92 e o WTI/Jan, recua 0,95%, a US$ 70,61.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,50% em Dalian na China, cotado a US$ 110,20/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 0,97%, cotados a US$ 104,90/ton. O mercado à vista segue em alta de 0,66%, cotado a US$ 105,75/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda da semana traz como destaques os dados das vendas no varejo e produção industrial de novembro na terça-feira (17), o PIB final e o PCE do 3º trimestre na quinta-feira (19), além da inflação (PCE) de novembro, na sexta-feira (20).
Na Zona do Euro, o PMI composto avançou para 49,5 em dezembro, de 48,3 em novembro; enquanto no Reino Unido, o PMI composto fica em 50,5 em dezembro, estável ante novembro.
Cenário nacional
No Brasil, em meio a uma agenda mais tranquila em relação aos indicadores econômicos, destaque para o tradicional Boletim Focus, enquanto o mercado aguarda a ata do Copom, prevista para terça-feira (17). Hoje, o Banco Central realiza o leilão de linha de US$ 3 bilhões.
No mercado financeiro, o dólar subiu 0,4% na sexta-feira (13), a R$ 6,03 e o Ibovespa recuou 1,13%, aos 124.612 pontos. Na semana, o dólar acumulou queda de 0,6%, enquanto o Ibovespa recuou de 1,06%.
Destaques no mercado corporativo
- Embraer: o BNDES aprovou financiamento de R$ 1,1 bilhão para a exportação de oito aviões comerciais da companhia para a americana Azorra.
- Ultrapar: nomeou Rodrigo Pizzinatto como novo diretor-presidente e Marcos Lutz, atual diretor-presidente, vai para a presidência do Conselho de Administração.
- Marcopolo: a B3 manteve a empresa em segunda prévia do Ibovespa.
- Rede D´Or: anunciou programa de recompra de até 30 milhões de ações e pagará R$ 450 milhões em juros sobre capital próprio (R$ 0,2022 por ação).
- Apple: planeja grandes mudanças no design e formato de seus iPhones e outros produtos para contribuição o crescimento da receita, após anos de atualizações apenas incrementais
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