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IFIX retoma alta e zera perdas de dezembro; veja perspectivas para 2025

IFIX retoma alta e zera perdas de dezembro; veja perspectivas para 2025

O índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX), principal referência do setor na Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou 2024 em 3.116,28 pontos, registrando uma leve alta de 0,11% no último pregão do ano, mas acumulando uma queda anual de 5,89%.

O desempenho de 2024 foi o terceiro pior da história do índice, superado apenas por 2013 (-12,61%) e 2020 (-10,24%).

A recuperação parcial em dezembro ajudou a mitigar as perdas, mas o IFIX ainda ficou abaixo de seu patamar inicial, marcando um contraste com 2023, quando o índice subiu 15,50%.

Movimentação em dezembro

Apesar da recuperação no final de dezembro, impulsionada pela busca de dividendos por investidores, o mês terminou com um recuo de 0,67% em relação a novembro.

O índice chegou ao pior resultado do ano no dia 19, quando caiu para 2.878,39 pontos, mas se recuperou parcialmente com cinco pregões consecutivos de alta na semana de Natal. Essa reação foi atribuída à percepção de que muitos fundos estavam sendo negociados com descontos excessivos, sem prejuízo significativo em seus fundamentos.

Confira o desempenho do IFIX no mês de dezembro:

Investidores aproveitaram para adquirir cotas a preços baixos, buscando um dividend yield atrativo, que chegou a 11,98% no acumulado de 12 meses.

Fatores que impactaram o FIIs em 2024

O ano foi marcado por um aumento na volatilidade devido a mudanças no cenário macroeconômico. No primeiro semestre, a expectativa era de uma Selic em queda, mas o contexto se inverteu no segundo semestre, com a taxa encerrando o ano em 12,25% ao ano após três aumentos consecutivos.

Outros fatores também afetaram os FIIs:

  • Inflação elevada: pressões inflacionárias limitaram os cortes de juros.
  • Incertezas fiscais: planos do governo causaram preocupações no mercado.
  • Risco regulatório: possíveis mudanças na tributação de dividendos geraram estresse.
  • Endividamento: alguns fundos enfrentaram desafios para manter equilíbrio financeiro.
  • Queda na liquidez: a maior atratividade da renda fixa reduziu o apetite por ativos de risco.

O que esperar para 2025

A projeção para 2025 é de juros mais altos, com a Selic podendo atingir entre 14% e 15% ao ano. Isso tende a tornar a renda fixa mais atrativa em relação aos fundos imobiliários, pressionando o preço das cotas e reduzindo a liquidez do setor.

Apesar desse cenário desafiador, analistas destacam oportunidades:

  • FIIs de crédito: Fundos de recebíveis imobiliários, que investem em ativos indexados ao CDI e ao IPCA, podem se beneficiar de um ambiente de juros altos.
  • Dividend yield atrativo: Com rendimentos na casa dos 12%, os fundos imobiliários continuam sendo uma alternativa para quem busca renda passiva.
  • Descontos significativos: O indicador Preço/Valor Patrimonial (P/VP) está em 0,8, o menor nível da última década, indicando boas oportunidades para quem tem foco no longo prazo.
  • Fundos de tijolo: Segmentos como shoppings, renda urbana e galpões logísticos apresentam potencial de crescimento, enquanto setores como lajes corporativas e residenciais são vistos com mais cautela.

Recomendações para investir em IFIX em 2025

Especialistas recomendam diversificar os investimentos em diferentes tipos de fundos e segmentos. Também é fundamental analisar os imóveis da carteira, o perfil dos locatários e o histórico do gestor.

Na apresentação do painel ‘Cenário 2025 e oportunidades para Fundos Imobiliários’, na live do Dia do Investidor, organizada pela Wiser em parceria com o Monitor do Mercado, Adair Naspolini, head de fundos imobiliários na Wiser Investimentos, enfatiza que é necessária uma análise cuidadosa para esse tipo de investimento no futuro.

Naspolini destaca pontos cruciais para quem investe no mercado imobiliário. Ele recomenda atenção especial à análise do potencial de valorização dos imóveis, à performance do tipo de fundo no mercado e a outros fatores que podem impactar os resultados.

  • Preços elevados: avaliar cuidadosamente o valor de compra e venda, além de projetar o desempenho do ativo para períodos específicos, é fundamental.
  • Alavancagem inadequada: operações de endividamento mal planejadas, especialmente quando não alinhadas aos contratos de aluguel, podem causar desvalorização dos ativos.

Naspolini também explica que a existência de ciclos da economia, podem impactar mais ou menos o investimento em fundos imobiliários e ativos em geral.

Para os investidores, o especialista alerta que, apesar da atual instabilidade econômica e incertezas do mercado, os preços dos ativos estão muito atrativos e tendem a valorizar acima da média.

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