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China tem pacote fiscal de US$ 1,4 trilhão para reestruturação de dívidas locais

China tem pacote fiscal de US$ 1,4 trilhão para reorganização de dívidas locais

A China anunciou, nesta sexta-feira (8), um novo pacote de base fiscal para serenar a pressão das dívidas dos governos locais. A medida, aprovada pelo Comitê Permanente do Congresso Vernáculo do Povo, prevê o uso de até 10 trilhões de iuanes (tapume de 1,4 trilhão de dólares) destinados à reorganização de dívidas “ocultas” – dívidas não oficialmente registradas no balanço.

Com a iniciativa, somada aumento do teto de gastos do governo, espera-se que o totalidade de dívida oculta de governos locais caia de 14,3 trilhões de yuans para 2,3 trilhões de yuans até o término de 2028. Segundo o ministro das Finanças, Lan Foan há possibilidade de que mais estímulos sejam implementados.

Uma vez que revérbero da cautela e expectativa entre os investidores sobre o pregão das medidas na China, as bolsas locais encerraram o pregão desta sexta-feira em queda. O índice Xangai recuou 0,53%, enquanto o Shenzhen registrou queda de 0,29%.

Pacote fiscal sem incitamento direto ao consumo

Apesar do novo pacote, as autoridades não indicaram medidas adicionais para estimular a demanda do consumidor. Essa falta de novos estímulos frustrou secção do mercado, que esperava mais ações para fomentar o consumo interno.

Esse tipo de incitamento poderia impactar a economia de forma mais ampla, mas até o momento a prioridade do governo é reduzir o risco financeiro e fortalecer a estrutura fiscal das administrações locais.

China amplia teto de gastos para governos locais

Além dos 10 trilhões de iuanes para reorganização, Pequim aumentou a quota de endividamento dos governos locais em 6 trilhões de iuanes, tapume de US$ 840 bilhões, e permitiu o uso de outros 4 trilhões em emissões aprovadas para o refinanciamento de dívidas existentes. Essas operações têm uma vez que objetivo reduzir o dispêndio de manutenção dessas dívidas e serenar a pressão sobre o sistema financeiro.

Segundo o ministro das Finanças, Lan Foan, do valor totalidade anunciado, 2 trilhões de yuans serão alocados anualmente entre 2024 e 2026 pra ajudar governos locais a superar questões de endividamento.

As emissões de títulos, chamadas de “títulos especiais”, foram elevadas para um limite de 35,52 trilhões de iuanes, em confrontação com o teto anterior de 29,52 trilhões. Esses títulos são frequentemente usados pelos governos locais para financiar projetos de infraestrutura e estimular a economia, mas seu aumento agora visa priorizar o estabilidade fiscal.

Possíveis impactos sobre a economia

Para investidores, o pacote fiscal representa uma tentativa de estabilizar a situação fiscal dos governos locais, o que pode reduzir o risco de inadimplência entre administrações endividadas. Com a ampliação dos limites de endividamento, há uma maior capacidade de renovação das dívidas, o que pode beneficiar o mercado de títulos chinês, principalmente para investidores que buscam exposição ao mercado asiático.

No entanto, alguns economistas, uma vez que Mark Williams, da Capital Economics, apontam que o impacto do pacote pode ser restringido para a economia em universal. Williams avalia que, embora a redução nos custos de juros possa liberar 600 bilhões de iuanes para governos locais nos próximos cinco anos, a medida não é suficiente para gerar um efeito significativo na demanda agregada, ou seja, no consumo e nos investimentos internos.

Esse ponto é importante para investidores que acompanham o mercado chinês, já que uma recuperação robusta do consumo no país poderia impulsionar várias indústrias globais.

Pacote fiscal da China impacta a Bolsa

Depois o pregão do novo pacote fiscal, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira acentuou a instabilidade que já refletia as expectativas sobre o golpe de gastos públicos no Brasil.

Às 12h (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 1,35%, aos 127.933,50 pontos. A frustração do mercado sobre o pacote de estímulos chinês também recaiu sobre o preço do minério de ferro, ocasionando a desvalorização das ações da Vale, que caiam 3,79%, negociadas a R$ 61,15.

*Com informações da sucursal de notícias CMA



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