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Administradores de aeroportos revelam os próximos passos para a aviação no Rio Grande do Sul

Administradores de aeroportos revelam os próximos passos para a aviação no Rio Grande do Sul

Imagem: Fraport Brasil


O potencial de crescimento do setor aeroportuário foi o mote da edição do “Tá na Mesa” desta quarta-feira (23), promovido pela FEDERASUL. Com o tema “Aviação em Tempos de Crise: Desafios e Soluções para o Futuro Aeroportuário do Rio Grande do Sul”, a pauta ganhou destaque principalmente em razão dos impactos das recentes enchentes sobre a infraestrutura e a conectividade aérea do estado.

O painel contou com as presenças do Superintendente de Gestão de Segurança e Inteligência da INFRAERO e gestor interino do Aeroporto de Torres, Gessilney da Paz Gomes; do Gerente do Aeroporto Regional de Paranavaí e gestor interino do Aeroporto de Canela, Joacir Araújo dos Santos; e do Gerente de Aviação da Fraport Brasil, Pedro Navega. O vice-presidente de Integração da FEDERASUL, Rafael Goelzer, também participou do evento.

A abertura foi realizada pelo presidente da entidade, Rodrigo Sousa Costa, que ressaltou a importância de debater a aviação frente às dificuldades enfrentadas pelo estado e saudou a reabertura do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, após as inundações. “Depois de tudo que passamos devido à tragédia climática, e após tanto tempo isolados do resto do país por falta de uma conexão aérea rápida e ágil, como estávamos acostumados, felizmente podemos celebrar a volta do nosso Aeroporto Salgado Filho.”


Benefícios

Gessilney da Paz Gomes, responsável pelo Aeroporto de Torres, destacou que há uma série de investimentos sendo realizados para melhorar a infraestrutura do local, incluindo a instalação de aparelhos que auxiliem pousos e decolagens, o alargamento da pista e o recapeamento. Para ele, situações como as das enchentes revelam a necessidade de outros aeroportos para conectar o estado.

Precisamos pensar em investimentos que não dependam apenas de períodos de calamidade”, enfatizou Gomes, mencionando um aporte de R$ 2,2 milhões somente nas obras do Aeroporto de Torres, que foi entregue à Infraero para execução dos trabalhos em setembro. Neste momento, explica o gerente, estão sendo construídos muros e cercas. Além disso, mencionou que as melhorias vão beneficiar, inclusive, municípios de Santa Catarina. A conclusão das obras deve ocorrer em até 120 dias após o início.

Serra Gaúcha

O gestor interino do Aeroporto de Canela, Joacir Araújo dos Santos, informou que o local será fechado para obras a partir do dia 28 de outubro, ressaltando a importância estratégica desse aeroporto para o turismo na Serra Gaúcha. Com obras previstas para o alargamento da pista e a construção de hangares, o aeroporto deverá receber investimentos iniciais de R$ 30 milhões, com possibilidade de expansão.

Nós vamos entregar uma ferramenta à altura do que o povo gaúcho e a Serra Gaúcha precisam”, afirmou, destacando o impacto positivo que o novo aeroporto trará para o desenvolvimento regional e prometendo a entrega em até 60 dias. Segundo dos Santos, há um potencial inexplorado dentro do setor de turismo no Brasil, já que alguns turistas não viajam para a Serra justamente por não haver um terminal aeroportuário na região, optando por outros destinos que tenham conexão direta.


Sinergia

Pedro Navega, da Fraport Brasil, relatou os desafios enfrentados pela equipe para a retomada parcial das operações no Aeroporto Salgado Filho, que foi severamente afetado pelas enchentes. Ele elogiou a criatividade na solução emergencial de utilizar a base aérea de Canoas e até um shopping center para voos e embarques. “Foi um desafio logístico e de engenharia”, comentou, frisando que apenas 30% das operações voltaram ao normal, mas que até 16 de dezembro o aeroporto estará totalmente em funcionamento.

Navega também destacou que, antes da tragédia das enchentes, o aeroporto estava preparado para registrar, em julho de 2024, seu maior número de voos internacionais. Ele informou que o primeiro voo internacional, após a retomada, está previsto para 18 de dezembro, com rotas para Santiago e Buenos Aires em expansão nas semanas seguintes. Navega frisou que vê os aeroportos regionais do estado não como concorrentes, mas como parte de uma “sinergia” que fortalece a conectividade aérea do Rio Grande do Sul.

Assim como dos Santos, o gerente da Fraport Brasil também ressaltou o potencial de crescimento do setor aeroportuário do Rio Grande do Sul, com atrações turísticas não somente no Litoral Norte ou na Serra.

Informações da FEDERASUL


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