A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão desta quarta-feira (4) beirando a estabilidade, em leve queda de 0,04%, aos 126.087 pontos, pressionada pelas ações da Petrobras, que recuaram 0,96% (ON) e 0,63% (PN), após a notícia de que o governo pretende mudar a presidência do conselho de administração da companhia.
O índice também foi impactado pela desvalorização da Vale, que perdeu 1,95%, mas o movimento de alta dos grandes bancos ajudou a equilibrar o pregão de ontem, com destaque para o Bradesco, que avançou 1,28% (ON) e 1,14% (PN).
No mercado internacional, expectativa de que a Opep+ decida ainda hoje pelo adiamento dos cortes de produção de petróleo, devendo seguir até março. Além do mercado de commodity, o mercado segue com foco nas tensões políticas na Ásia e na Europa, com a queda do primeiro-ministro da França, Michel Barniere, além da continuidade dos dados de emprego dos Estados Unidos, às vésperas do payroll.
No Brasil, as atenções estão voltadas para as providências em torno do cenário fiscal. Na noite desta quarta-feira foram aprovados pela Câmara os primeiros requerimentos de urgência para dois dos projetos do pacote fiscal, mas ainda sem garantia de aprovação até o fim do ano.
Manchetes desta manhã
- Petróleo caminha para superar soja como produto mais exportado do país (Valor)
- Pobreza cai no País, mas 59 milhões vivem com menos de R$ 22 por dia (Estadão)
- Projetos do pacote de Lula avançam na Câmara (Folha)
- Primeiro-ministro francês cai 90 dias após assumir (Folha)
- Empresas evitam efeitos de alta da Selic (Valor)
- Bitcoin ultrapassa US$ 100.000; apostas em Trump alimentam euforia das criptomoedas (Reuters)
- Reguladores britânicos aprovam fusão de US$ 19 bilhões entre Vodafone e Three Mobile (CNBC)
- Shell e Equinor criarão a maior empresa independente de petróleo e gás do Reino Unido em joint venture (CNBC)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em alta, impactadas pelo colapso do governo francês, com o índice CAC40 acima de seus pares, após os legisladores votarem para derrubar o governo do primeiro-ministro Michel Barnier, que deve renunciar hoje.
No mercado, os Credores (Paribas, Societe Generale, Credit Agricole) avançam entre 1,2% e 2% com expectativa de que o governo evite a paralisação. A TotalEnergies subiu 1,4% após o RBC elevar a classificação de suas ações de “desempenho do setor” para “desempenho superior”.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta quinta-feira de forma mista. Na China, o mercado segue apoiado em esperanças de um possível novo estímulo para a economia do país, que pode chegar na reunião prevista para a próxima semana. Na Coreia, o índice Kospi desvalorizou 0,90%, refletindo as tensões políticas após o presidente decretar lei marcial temporária. As bolsas no Japão e Taiwan, portanto, encerraram no positivo.
Em Nova York, os índices futuros operam de lado. O S&P 500 futuro opera estável, o Stoxx Europe sobe 0,3%, o Nikkei fechou em alta de 0,3% e o Shanghai +0,1%. O Bitcoin passou o nível dos US$ 100 mil, com alta de 4,9%, nesta manhã, a US$ 102,7 mil, após Trump nomear Paul Atkins, defensor do mercado cripto, à presidência da SEC, a CVM americana.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro estável
• STOXX 600 +0,3%
• FTSE 100 estável
• Nikkei 225 +0,3%
• Shanghai SE Comp. +0,1%
• MSCI EM estável
• Dollar Index -0,1%
• Yield 10 anos +2,7bps a 4,2071%
• Petróleo WTI +0,3% a US$ 68,77 barril
• Futuro do minério em Singapura -1,6% a US$ 103,7
• Bitcoin +4,9% a US$ 102665,19
Commodities
- Petróleo: sobe antes da decisão de fornecimento da OPEP+. O brent/fev sobe 0,21%, a US$ 72,46 e o WTI/jan avança 0,29%, a US$ 68,74
- Minério de ferro: fechou em queda de 1,17% em Dalian na China, cotado a US$ 110,17/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,33%, cotado a US$ 103,70/ton. O mercado à vista está em queda de 0,90%, cotado a US$ 104,80/ton
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda do dia segue esvaziada de indicadores econômicos, com destaque apenas para a continuidade da divulgação dos dados de seguro-desemprego, que saem hoje, às 10h30, na véspera do payroll.
Na França, o parlamento derrubou o primeiro-ministro Michel Barnier. Após a decisão, o presidente Emmanuel Macron deve indicar um novo primeiro-ministro, que precisa aprovar o orçamento de 2025.
Na Zona do Euro, as vendas no varejo registraram queda de 0,5% em outubro, na comparação mensal.
Cenário nacional
No Brasil, destaque para a divulgação da balança comercial de novembro, prevista para as 15h, deve mostrar superávit de US$ 7,3 bilhões, segundo projeção do BTG Pactual. A agenda do dia também traz o leilão de LTNs e NTN -Fs do Tesouro.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula participou hoje, às 9h30, da inauguração de uma fábrica da Suzano, com previsão de embarcar posteriormente para o Uruguai, para a reunião da cúpula do Mercosul. Há expectativa de que, durante a cúpula, seja anunciado o acordo do Mercosul com a União Europeia.
No mercado financeiro, o dólar recuou 0,1% ontem, a R$ 6,04, e o Ibovespa caiu 0,04%, aos 126.087 pontos.
Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: confirmou que o presidente do conselho de administração, Pietro Mendes, foi indicado para a diretoria da ANP, mas que permanecerá no cargo até a eventual nomeação na ANP.
- Braskem: reestruturou a diretoria, com manutenção de 4 dos 12 executivos atuais.
- Natura&Co: O tribunal de falências nos EUA aprovou a compra dos ativos da Avon fora do país pela Natura, no processo de recuperação judicial.
- Suzano: pagará R$ 2,5 bilhões em juros sobre capital próprio.
- BRF: pagará R$ 200 milhões em juros sobre capital próprio JCP, a R$ 0,123 por ação.
- Fitch: rebaixou o rating da Aeris para “BBB(bra)”.
- Santos Brasil: teve alta de 20,5% na movimentação de contêineres em novembro, em base anual.
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