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Aquecimento global intensifica eventos climáticos extremos em 40 anos

Aquecimento global intensifica eventos climáticos extremos em 40 anos

A Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, enfrenta desafios para alcançar consenso sobre o financiamento necessário para enfrentar o aquecimento global. As discussões giram em torno do impacto significativo das atividades humanas nas condições climáticas extremas observadas mundialmente. Um relatório da organização Carbon Brief destaca a ligação entre o aquecimento provocado pelo homem e eventos climáticos extremos, apontando a intensificação de fenômenos naturais como enchentes e secas.

O levantamento realizado pela organização destaca que os eventos climáticos extremos se tornaram mais severos em função do aumento das temperaturas globais. Este mapeamento, agora em sua sexta edição, revisou 600 estudos sobre 750 eventos extremos, revelando que cerca de 74% desses eventos tornaram-se prováveis ou graves devido às mudanças climáticas. O estudo também alerta que esses fenômenos poderão ocorrer com mais frequência e intensidade nos próximos anos caso as emissões de gases de efeito estufa não sejam controladas.

Qual é o impacto das mudanças climáticas nos eventos extremos?

A atribuição de eventos climáticos extremos às mudanças climáticas é um campo de estudo relativamente novo, mas essencial para compreender a extensão do impacto humano no clima. Os pesquisadores analisam como as alterações climáticas influenciam a intensidade, frequência ou impacto de eventos como tufões, secas e enchentes.

Nos últimos anos, os fenômenos climáticos extremos tornaram-se uma preocupação crescente, especialmente na Europa, onde muitos eventos foram exacerbados por ações humanas. O calor extremo no verão de 2003 foi um dos primeiros eventos significativos a ser ligado ao aquecimento global, resultando em milhares de mortes e destruição de grandes áreas florestais.

Por que o financiamento é crucial para enfrentar as mudanças climáticas?

A conferência de Baku visa salvar o Acordo de Paris, que busca limitar o aumento da temperatura global. Para que os países alcancem as metas propostas, é necessário um financiamento significativo. O valor estipulado para tal é de US$ 1 trilhões anuais até 2030, o que poderia auxiliar na transição para energias renováveis e na redução de emissões de gases de efeito estufa.

A criação de um novo fundo para adaptação às mudanças climáticas é um dos principais pontos de debate. Este fundo beneficiaria principalmente as nações em desenvolvimento, mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global, apesar de contribuírem proporcionalmente menos para as emissões globais.

Efeito do aquecimento global na cidade – Créditos: depositphotos.com / kwest

Quais são os desafios enfrentados pela COP29?

Apesar da importância do tema, as negociações na COP29 têm sido lentas, com a questão do financiamento gerando discordância entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. A União Europeia, por exemplo, destaca que a responsabilidade deve ser compartilhada, dado o crescimento econômico e emissões dos países emergentes, como a China, maior emissor mundial.

Observadores apontam a necessidade de planos concretos e compromissos reais, além de meras promessas. A expectativa é que a conferência possa estabelecer um caminho viável para atingirmos as metas climáticas, sem comprometer a segurança das gerações futuras.

O futuro das ações climáticas

O relatório da Carbon Brief, juntamente com as discussões em Baku, sublinha a urgência de se abordar as mudanças climáticas de maneira eficaz e integrada. Os países signatários do Acordo de Paris devem apresentar suas contribuições nacionalmente determinadas, detalhando suas estratégias internas para reduzir as emissões e mitigar os impactos das mudanças no clima.

À medida que a temperatura global continua a subir, a pressão para implementar ações concretas aumenta. Somente a colaboração internacional e o comprometimento com mudanças sustentáveis podem ajudar a evitar desastres ambientais futuros e garantir a segurança climática global.



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