A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão desta segunda-feira (18) estável, com leve variação de 0,02%, aos 127.768,19 pontos, impulsionada pela alta do petróleo, motivada pela escalada dos conflitos no Oriente Médio e pela paralisação de um importante campo europeu. Os contratos do Brent fecharam em alta de 3,18%, a US$ 73,30, e os do WTI avançaram 3,36%, a US$ 69,17, sustentando algumas ações do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores.
No mercado internacional, os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia atraem atenção do mercado, impactando o preço do petróleo. A agenda, no entanto, segue esvaziada de indicadores econômicos, enquanto o mercado repercutia o balanço do Walmart para antes da abertura do mercado em Nova York e segue na expectativa pelos resultados da Nvidia, que devem ser divulgados amanhã, em meio à polêmica do superaquecimeto dos chips.
No Brasil, os olhares seguem voltados à Cúpula do G20, que deve encerrar na tarde desta terça-feira (19). No entanto, toda expectativa do mercado fica em torno da expectativa do anúncio do corte de gastos do governo, agora previsto para após o feriado da Consciência Negra, nesta quarta-feira (20). A estimativa é de um ajuste em torno de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
Manchetes desta manhã
- Chefes de Estado chegam a consenso e aprovam declaração final do G20 (Valor)
- G20 tem consenso contra a fome e por cessar-fogo em Gaza, e cita ‘paz’ na Ucrânia (O Globo)
- Nunes questiona regra que impede concessão de escolas municipais (Folha)
- Cortes em agências de minas e energia sob Lula são recorde (Folha)
- Nova projeção da Fazenda sobre inflação em 2024 beira o teto da meta (Estadão)
- Petrobras planeja investir US$ 111 bilhões até 2029 (O Globo)
- Leilões de rodovias preveem R$ 40 bi em investimentos (Valor)
- Cade suspende direitos da Paper na Eldorado (Valor)
- Tesla ajuda a Nasdaq a quebrar sua sequência de perdas (CNBC)
- Governador do Banco da Itália pede cortes rápidos nas taxas do BCE (Financial Times)
- Autoridades antitruste preparam ataque final contra as grandes empresas de tecnologia (The Wall Street Journal)
- Lucros do Walmart em foco com queda nos futuros de ações (The Wall Street Journal)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em queda em meio à divulgação de dados econômicos e resultados corporativos. A gigante industrial alemã Thyssenkrupp reportou um prejuízo de € 1 bilhão em sua divisão Steel Europe.
Na Ásia, as bolsas fecharam o pregão desta terça-feira (19) em alta, com índices motivados pela expectativa de melhora sobre a economia da China. O índice o Nikkei teve o movimento de alta impulsionado principalmente pelas ações financeiras e de mineração.
Em Nova York, destaque para a queda do rendimento (yield) dos treasuries, com o de 10 anos a 4,36%. O S&P 500 futuro cai 0,5%, o Stoxx Europe recua 1%, o Nikkei fechou em alta de 0,5% e o Shanghai +0,7%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,5%
• STOXX 600 -1%
• FTSE 100 -0,5%
• Nikkei 225 +0,5%
• Shanghai SE Comp. +0,7%
• MSCI EM +0,5%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos -5,3bps a 4,3609%
• Petróleo WTI -0,9% a US$ 68,56 barril
• Futuro do minério em Singapura +1,9% a US$ 101,2
• Bitcoin +0,4% a US$ 91774
Commodities
- Petróleo: recua aproximadamente 1% após o reinício do campo de Sverdrup. O brent/jan recua 0,68%, a US$ 72,80; o WTI/dez, cai 0,91%, a US$ 68,53.
- Minério de ferro: registra forte alta de 3,05% em Dalian na China, cotado a US$ 107,13/ton. Em Singapura, os contratos futuros também estão em alta de 2,12% a US$ 101,25/ton e o mercado à vista em alta de 0,73%, cotado a US$ 101,80/ton.
Tensões geopolíticas elevam preços do petróleo
O preço do petróleo registrou alta de quase 3% nesta segunda-feira (18), refletindo o aumento das tensões no Oriente Médio. Entre os fatores que pressionaram o mercado estão a paralisação de um campo petrolífero na Europa e o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia contra alvos na Rússia, com aval dos Estados Unidos.
O barril do Brent atingiu a marca de US$ 69 durante o pregão, mas perdeu força e atualmente é negociado em torno de US$ 68,50.
Juros e balanços nos EUA
Nos Estados Unidos, os investidores acompanham de perto os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Banco Central norte-americano), enquanto a decisão do Fed sobre a taxa de juros, esperada para dezembro, continua no radar; além da divulgação dos balanços de empresas como Walmart e Nvidia.
Embora 60% das empresas americanas tenham superado as expectativas de lucro no último trimestre, os índices futuros apontam para uma abertura em queda de 0,6%, refletindo a volatilidade e as incertezas do mercado.
Cenário internacional
Nos EUA, destaque para o balanço do Walmart, antes da abertura do mercado, além da divulgação dos dados do setor de construção de outubro.
Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor (CPI) registrou alta de 0,3% em outubro na comparação com setembro. No acumulado de 12 meses, o CPI avançou 2,0%, acima da alta de 1,7% em setembro, conforme esperado pelo mercado. Na China, o PBoC deve divulgar a decisão sobre os juros, após às 22h15.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda segue esvaziada de indicadores econômicos às vésperas do feriado, com destaque apenas para a divulgação da Pnad Contínua trimestral e para o leilão de NTN-Bs e LFTs do Tesouro.
Entre os compromissos do dia, a agenda traz o discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento às 10h30.
Termina hoje a reunião do G-20, com a cerimônia de encerramento às 12h30. O presidente Lula tem diversas reuniões, com o premiê da Índia, Narendra Modi, o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, e com o premiê do Reino Unido, Keir Starmet; além do presidente dos EUA, Joe Biden, e entrevista coletiva na sequência, às 14h30.
No mercado financeiro, ontem o dólar caiu 0,7%, a R$ 5,74, e o Ibovespa teve leve queda de 0,02%, aos 127.768 pontos.
Destaques no mercado corporativo
- Sabesp: captou R$ 1,06 bilhão com a IFC, em um empréstimo com prazo de 10 anos, segundo o site Brazil Journal.
- Petrobras: anunciou o resgate antecipado de US$ 1,2 bilhão em global notes, segundo informações da Bloomberg.
- Copel: renovou as concessões de três hidrelétricas por R$ 4,1 bilhões.
- Paper Excellence na Eldorado: teve os direitos políticos suspensos pelo Cade. A empresa também tem como sócio a holding J&F, da família Batista.
- Equatorial Goiás: anunciou a 9ª emissão de debêntures no valor de R$ 1 bilhão.
- Taesa: recebeu do Ibama a concessão de licença de instalação para a linha de transmissão Açailândia – Dom Eliseu II, da concessão Tangará.
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