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Brasil virou "refém" de investidores domésticos na dívida pública

Brasil virou “refém” de investidores domésticos na dívida pública

O Brasil tornou-se refém dos investidores domésticos na dívida pública. A participação dos investidores estrangeiros atingiu o menor patamar desde 2007, com unicamente 9,3% dos títulos em 2024. Só em junho, os gringos resgataram R$ 2 bilhões, associado a notas cambiais antigas.

A baixa reflete uma mudança no perfil dos detentores de títulos do Tesouro Pátrio, segundo a economista sênior da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Transacção e Desenvolvimento), Daniela Prates.

O aumento da participação de investidores brasileiros reduz a exposição a ataques especulativos vindos de fora do país, evitando saídas de capital abruptas que podem desestabilizar a economia.

Prates explicou que desde atingiu seu pico, em 2015, impulsionada pela isenção de impostos de renda sobre ganhos para estrangeiros, a participação de gringos vem caindo incessantemente.

As falas foram registradas na palestra “Dívida Pública e Mercados Financeiros”, promovido pelo Meio de Estudos de Economia do IREE (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa). O evento também contou com a presença de:

  • Luiz Fernando de Paula, Professor de Economia da UFRJ;
  • Manfred Back, ex-trader e Professor de microeconomia, macroeconomia, mercado de capitais e derivativos; e
  • Luiz Gonzaga Belluzzo, Economista-chefe do IREE e Professor Emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) — que mediou o evento.

Conferência com outros países

O professor de mercado de derivativos Manfred Back completa o glosa de Daniela dizendo que a existência de um mercado sítio potente de dívida pública — e confiável — permite que o governo ajuste suas políticas sem depender excessivamente de capitais estrangeiros, o contrário da Argentina, que é obrigada a buscar financiamento extrínseco devido à falta de crédito dos investidores, por exemplo.

Estrangeiros dominam derivativos no Brasil

A participação dos estrangeiros, no entanto, tem se concentrado no mercado de derivativos, com posições relevantes no dólar porvir e no mercado porvir de juros (DI). Segundo Back, os contratos somam aproximadamente R$ 76 bilhões e R$ 100 bilhões, respectivamente.

Apesar de o mercado brasiliano ser muito menor em conferência a alguns mercados internacionais, porquê o dos títulos corporativos nos Estados Unidos, que movimenta US$ 11 trilhões, o Tesouro Pátrio oferece uma vantagem rara no mundo: ele garante liquidez diária para títulos públicos.

Isso, de pacto com o professor, reforça o papel da B3, a Bolsa brasileira, que se posiciona porquê uma das maiores bolsas de derivativos do mundo, ficando detrás unicamente de mercados porquê Chicago, Londres e Hong Kong.

Fuga de capitais?

Muito tem se falado sobre uma suposta “fuga de capitais” do Brasil. Manfred explica, no entanto, que a retirada de muro de R$ 30 bilhões em ações por segmento dos gringos oriente ano foi uma realização de lucros, já que nos últimos dois anos, eles compraram grandes volumes.

O objecto, inclusive, foi tema de um dos episódios do podcast Ligando os Pontos, produzido pelo Monitor do Mercado. Clique cá para presenciar.

Risco fiscal

Os participantes também comentaram porquê o risco fiscal, que espera ansiosamente pelo proclamação de um pacote de golpe de gastos, têm desvalorizado o real e afetado a volatilidade dos ativos negociados no Brasil.

O cenário influencia, segundo os especialistas, a visão do mundo em relação ao país, já que os investidores observam a possibilidade de o governo manter suas contas públicas sob controle, impactando a capacidade de pagamento de dívidas.

Visão contrastante sobre o Brasil

Apesar do risco fiscal, a visão entre investidores estrangeiros e os brasileiros sobre o mercado pátrio é muito contrastante. Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, fala que os grandes bancos internacionais veem o Brasil com bons olhos, ao contrário de muitos brasileiros.

A diferença reflete ao aproximação restringido dos brasileiros sobre o cenário macroeconômico. Recentemente, também em incidente do Ligando os Pontos, Marcos mostrou porquê a relação Brasil-China afetou o mercado de forma direta, mesmo passando despercebido pelos investidores domésticos. Clique cá para presenciar.

Assista à palestra da IREE:



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