O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão desta terça-feira (7) em alta de 0,95%, aos 121.162,66 pontos. O índice foi impulsionado pelas ações da Petrobras, favorecidas pelo avanço do petróleo nos mercados internacionais, e dos bancos, como Bradesco (ON +1,15%, PN +1,40%) e Santander (Unit +1,54%).
No entanto, a decepção do mercado com a falta de sinais de melhora do cenário fiscal na entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad à Globonews nesta terça-feira limitou o desempenho do Ibovespa.
No mercado internacional, são esperados os dados de inflação da China, com expectativa de novos estímulos econômicos.
Também é aguardado para hoje o discurso do membro do Fed, Christopher Waller, na OCDE, na França; além da divulgação da ata do Fed e do relatório da ADP sobre o ritmo do emprego nos Estados Unidos em dezembro, com estimativas de fortalecer a moeda norte-americana, após o relatório JOLTS indicar um aumento inesperado no número de vagas de emprego, reforçando as apostas do mercado na manutenção da taxa de juros nos EUA.
No Brasil, o dólar tende a continuar caro, diante das preocupações com o cenário fiscal e perspectivas sobre os próximos ajustes da Selic pelo Copom, que pressionam cada vez mais a economia.
Nesta quarta-feira (8), o dólar abriu em alta de 0,45%, a R$ 6,13 e o dólar futuro avança 0,46%, a R$ 6,15. Já os juros futuros sobem, enquanto o Ibovespa futuro cai 0,39%, aos 121.970 pontos.
O dia de hoje é marcado por recordações e evento sobre o ato de 8 de janeiro, no entanto, sem a presença do presidente do STF e do presidente do Senado, que estão em viagem fora do país.
Manchetes desta manhã
- Recuperação extrajudicial de empresas ganha fôlego e bate recorde em 2024 (Valor)
- Meta elimina checagem de fatos e critica tribunais da América Latina (Folha)
- O ano da estreia das chinesas na indústria automotiva do país (Valor)
- TJSP flexibiliza repactuação de dívidas bancárias por superendividamento (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa iniciaram o pregão de hoje majoritariamente em alta, com exceção do índice FTSE 100, do Reino Unido), que apresentava leve queda de 0,01%. Nesta terça-feira, os índices fecharam majoritariamente em alta, após dados de inflação da zona do euro.
Na Ásia, as bolsas encerraram a sessão desta quarta-feira majoritariamente em queda, com exceção de Seul, após perdas em NY com a divulgação de dados econômicos dos EUA e dúvidas do mercado sobre novas reduções dos juros.
Na China, o índice Shenzhen encerrou o pregão em queda, mesmo com a ação de Pequim de ampliação do programa de troca de bens de consumo, para fomentar o crescimento da economia.
Em Nova York, as bolsas inverteram o sinal nesta manhã para queda, diante das preocupações com as tarifas dos EUA que serão aplicadas quando Trump assumir. Segundo reportagem da CNN, o presidente eleito estaria considerando declarar uma emergência econômica nacional para levar adiante seus planos tarifários. O índice Dow Jones cai 0,14%; S&P -0,18% e Nasdaq -0,24%.
O S&P 500 futuro sobe 0,3%, Stoxx Europe +0,4%, o Nikkei fechou em alta de 0,2% e o Shanghai ficou estável.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,3%
- STOXX 600 +0,4%
- FTSE 100 +0,2%
- Nikkei 225 -0,3%
- Shanghai SE Comp. estável MSCI EM -0,7%
- Dollar Index +0,2%
- Yield 10 anos -0,6bps a 4,679%
- Petróleo WTI +1% a US$ 75,02 barril
- Futuro do minério em Singapura +0,2% a US$ 96,85
- Bitcoin -0,8% a US$ 95698,25
Commodities
- Petróleo: sobe com queda na oferta da OPEP e nos estoques dos EUA. O brent/mar sobe 0,53%, a US$ 77,46 e o WTI/fev, avança 0,82%, a US$ 74,86.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,73% em Dalian na China, cotado a US$ 101,96/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,10%, cotados a US$ 96,65/ton. O mercado à vista está em queda de 0,10%, cotado a US$ 97,50/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, destaque para a divulgação do relatório ADP de empregos no setor privado às 10h15 e, na sequência, às 10h30, saem os pedidos semanais de seguro-desemprego, que foram antecipados para hoje, pois nesta quinta-feira estarão fechados devido ao feriado em luto pelo ex-presidente Jimmy Carter. A ata da última decisão do FOMC será informada às 16h.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda iniciou com a divulgação dos dados sobre a produção industrial de novembro, pelo IBGE, que mostrou retração de 0,6% em novembro, segundo mês consecutivo de queda. Em dois meses, a indústria acumulou perda de 0,8%. Em 12 meses, até novembro, o indicador acumula alta de 3,0%. Segundo o IBGE, as quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção.
Entre os indicadores econômicos, também foi divulgado o IPC-S da 1ª semana de janeiro, que subiu 0,34% e acumula alta de 3,71% nos últimos 12 meses; além do saldo da caderneta de poupança referente a dezembro, mostrando saque líquido de R$ 15,46 bilhões em 2024. Em dezembro, a captação líquida foi de R$ 4,96 bilhões. Dados sobre o fluxo cambial de dezembro está previsto para as 14h30.
Destaques no mercado corporativo
- Embraer: entregou 75 aeronaves no quarto trimestre, estável na comparação anual, e encerrou 2024 com 206 aviões entregues, contra 179 em 2023.
- Prio: produziu 106,3 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em dezembro, alta de 38,2% ante novembro.
- Santos Brasil: movimentou 134,4 mil contêineres em dezembro, avanço anual de 25,4%.
- JHSF: vendeu participação no Shopping Ponta Negra por R$ 82 milhões
- Equatorial: aprovou aumento de capital de R$ 111,1 milhões via novas ações.
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