A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão de sexta-feira (27) em queda de 0,67%, aos 120.269,31 pontos, pressionada pelo IPCA-15 de dezembro (prévia da inflação oficial) que revelou uma alta acumulada de 4,71%, acima do teto da meta de 4,5%.
Até o momento, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, acumula perdas de 4,3% no mês e desvalorizou 10,37% no ano.
Nesta segunda-feira (30) será o último pregão de 2024 na B3, com fechamento no dia 31 de dezembro para as negociações de renda variável, renda fixa privada, ETFs e derivativos. As negociações voltam ao normal na quinta-feira, 2 de janeiro.
Hoje (30), o dólar abriu em alta de 0,09%, a R$ 6,19, enquanto o dólar futuro recua 0,01%, a R$ 6,19. Já os juros futuros abriram mistos, com a ponta mais curta em queda e o Ibovespa abriu em alta de 0,39%, aos 120.735,22 pontos.
O mercado internacional traz como destaque na agenda da semana os dados da indústria, na China, nos EUA e na Europa e expectativas para o último pregão de Nova York nesta terça-feira (31), que opera com horário reduzido para os Treasuries.
No Brasil, destaque para a divulgação do resultado consolidado das contas do setor público em novembro pelo Banco Central (BC), apesar de o Tesouro ter adiado a divulgação dos números do Governo Central de novembro para a metade de janeiro.
O setor público apresentou um déficit primário de R$ 6,6 bilhões em novembro e gastos de R$ 92,459 bilhões com o pagamento de juros. No ano, até novembro, o déficit primário soma R$ 63,298 bilhões, equivalente a 0,59% do PIB.
Manchetes desta manhã
- Com alta de juros e condições financeiras piores, PIB deverá ter desaceleração financeira mais forte em 2025 (Valor)
- Dino libera parte das emendas, mas defende apuração da PF (O Globo)
- Dólar atual está mais caro do que na crise de 2015, sob Dilma Rousseff (Folha)
- Inadimplência das empresas é recorde; cenário deve piorar (Estadão)
- Mercado reduz projeção do IPCA de 2024 para 4,90%, mas eleva para 2025 (Valor)
- Dólar passa a cair e juros futuros sobem em meio à cautela no último pregão do ano (Valor)
- Em termos reais, dólar está mais de R$ 1 mais caro que no auge da crise de Dilma (Folha)
- Setor público registra déficit de R$ 6,6 bi em novembro; dívida bruta fica em 77,7% do PIB (Folha)
Mercado global
As bolsas da Europa operam mistas no pregão desta segunda-feira, em meio à alta da inflação anual harmonizada pela UE na Espanha, que subiu para 2,8% em dezembro, ante os 2,4% de novembro. Na terça-feira, véspera de feriado de Ano Novo, alguns índices estão programados para fechar mais cedo.
Na Ásia, as bolsas encerraram o último pregão do ano majoritariamente em queda, com apenas o índice Xangai operando em terreno positivo, em meio à liquidez muito reduzida com a véspera do feriado.
Em Nova York, o Dow Jones Futuro cai 0,21%, o S&P 500 Futuro recua 0,24% e o Nasdaq Futuro perde 0,22%.
Confira os principais índices do mercado:
- Nikkei (Japão): -0,96%
- Hang Seng Index (Hong Kong): -0,24%
- Kospi (Coreia do Sul): -0,22%
- ASX 200 (Austrália): -0,32%
- FTSE 100 (Reino Unido): -0,26%
- DAX (Alemanha): -0,21%
- CAC 40 (França): -0,02%
- FTSE MIB (Itália): +0,2%
- STOXX 600: -0,26%
- Petróleo: Brent/fev a US$ 73,98 (-0,26%) e WTI/fev a US$ 70,35 (-0,35%)
- Minério de ferro: +0,98% em Dalian, na China e +1,78% em Singapura
- Bitcoin (BTC), +0,32% a US$ 93.735,07 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
Commodities
- Petróleo: oscila em negociações fracas na véspera do feriado. O Brent/fev cai 0,26%, a US$ 73,98 e o WTI/fev recua 0,35%, a US$ 70,35.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,98% em Dalian na China, cotado a US$ 106,24/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 1,78%, cotados a US$ 100,60/ton.
Cenário nacional
No Brasil, destaque para o tradicional Boletim Focus, com projeção de alta do câmbio e da inflação para 2025.
O foco do mercado, entretanto, segue no cenário fiscal nestes dias de expediente extra no STF em meio à crise das emendas. Neste domingo (29), o ministro Flávio Dino (STF) liberou parcialmente as verbas, com repasses para Saúde e emendas de comissão empenhadas até 23/12; mas como ressalva, teve exigência de apuração da Polícia Federal (PF).
Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: Presidente Magda Chambriard destacou boa relação com Lula e defendeu exploração na Margem Equatorial. Diesel e gasolina mantêm preços estáveis há meses.
- São Martinho: Processou 21,79 milhões de toneladas de cana, 1,7% abaixo do guidance.
- Oi: Contrato de cessão de infraestruturas com a IHS Brasil.
- Vittia Fertilizantes: Distribuição de R$ 2,451 milhões em JCP.
- Boeing: Dois acidentes com aeronaves em menos de 24h; Ações acumulam queda de 31% em 2024.