A Bolsa de Valores brasileira (B3) iniciou a semana em forte alta, influenciada principalmente pelas ações dos bancos e da Vale, mas atenta ao movimento de queda de mais de 6% no preço do petróleo após ataque de Israel ao Irã não prejudicar as petrolíferas. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, conseguiu recuperar o patamar dos 131 mil pontos e fechou o pregão desta segunda-feira (28) em alta de 1,02%, maior nível desde 16 de outubro.
No mercado internacional, o destaque do dia é o relatório Jolts com a abertura de vagas em setembro nos EUA, o primeiro indicador de emprego desta semana; além da estreia das big techs no calendário de balanços, com a divulgação dos resultados da Alphabet, após o fechamento do mercado.
No Brasil, o dia abre a agenda de indicadores econômicos, com destaque para as contas externas, com déficit menor em setembro, mas a atenção do mercado está voltada às medidas de revisão de gastos, prometidas para após as eleições municipais.
Manchetes desta manhã
- Clima e serviços definirão se inflação ficará dentro da meta, dizem analistas (Folha)
- Após eleições, equipe econômica busca aval de Lula para corte de gastos (Globo)
- Eichengreen diz não ver crise fiscal nos EUA iminente (Valor)
- Empresa com atuação local deve ser destaque no terceiro trimestre (Valor)
- Lucro da BP cai para quase o menor nível em quatro anos com queda na demanda por petróleo (Reuters)
- IPOs chineses nos EUA e Hong Kong devem aumentar no próximo ano, dizem analistas (CNBC)
- EUA finalizam regras para coibir investimentos em IA na China e impõem outras restrições (CNBC)
- Fundo de riqueza da Arábia Saudita recua de investimentos internacionais (Financial Times)
- Aprovações de hipotecas no Reino Unido atingem o nível mais alto em mais de dois anos (Financial Times)
Mercado global
As bolsas da Europa operam mistas em meio à temporada de balanços. O índice STOXX 600 avança em direção à marca psicológica de 530, mas a cautela do mercado e expectativas em torno das eleições nos EUA pode atrasar essa meta.
Na Ásia, as bolsas também fecharam sem direção definida no pregão desta terça-feira. Em Hong Kong as bolsas fecharam em alta, assim como o Japão, beneficiado pela fraqueza do iene após o partido do primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, perder a maioria parlamentar na eleição de domingo. Na China, os mercados fecharam em queda, impactados pela queda das ações de petroleiras e balanços fracos.
Em Nova York, o S&P 500 futuro opera estável, Stoxx Europe sobe 0,1%, o Nikkei fechou em alta de 0,8% e o Shanghai caiu 1,1%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro estável
• STOXX 600 +0,1%
• FTSE 100 +0,1%
• Nikkei 225 +0,8%
• Hang Seng +0,5%
• Shanghai SE Comp. -1,1%
• MSCI EM -0,1%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos +1,6bps a 4,2983%
• Petróleo WTI +1% a US$ 68,05 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,5% a US$ 103,95
• Bitcoin +2,1% a US$ 71096,75
Commodities
- Petróleo: apresenta alta de 1% após o plano dos EUA de comprar petróleo para a Reserva Estratégica (SPR), elevando o preço da commodity. O brent/dez sobe a US$ 72,16 (+1,04%) e o WTI/dez, a US$ 68,05 (+0,99%).
- Minério de ferro: registra queda de 0,77% em Dalian na China, cotado a US$ 108,93/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão estáveis a US$ 103,95/ton e o mercado à vista está em leve alta de 0,05%, cotado a US$ 104,10/ton.
Expectativas para os balanços das “sete magníficas”
O mercado global segue atento aos resultados das grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, conhecidas como “sete magníficas”, que estreiam hoje no calendário de balanços.
Hoje, o Google irá divulgar seu balanço, seguido pela Microsoft e Facebook amanhã, e pela Apple e Amazon na quinta-feira. Esses resultados têm o potencial de agitar o mercado e impactar o sentimento dos investidores ao longo da semana.
Semana repleta de indicadores econômicos
Nesta semana a agenda é plena de importantes indicadores econômicos. Para quarta-feira está previsto o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que avalia a inflação. Na quinta-feira, serão apresentados os dados da balança comercial, e na sexta-feira, conheceremos os números da produção industrial.
Os investidores, no entanto, continuam atentos às expectativas em torno do pacote de redução de gastos do governo, anunciados para após as eleições municipais.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda do dia inicia com o relatório Jolts, que mostrará, às 11h, as vagas de trabalho abertas em setembro.
Os destaques do dia também incluem o índice Conference Board de confiança do consumidor de outubro, previsto para as 11h, além do leilão de T-notes de sete anos.
No calendário de balanços da semana, a Alphabet (Google) divulga hoje seus resultados do terceiro trimestre, estreando a temporada de balanços das big techs.
Cenário nacional
No Brasil, o mercado repercute balanços corporativos e aguarda com expectativa as novidades no campo fiscal.
Nesta manhã, em Londres, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação de serviços segue alta no mundo e que, no Brasil, chama atenção a inflação de curto prazo, que parou de convergir para a meta do Banco Central (BC) de 3%.
Também na agenda de hoje está prevista a votação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para agricultura familiar e uma possível decisão da Câmara sobre imposto de grandes fortunas.
No mercado financeiro, ontem o dólar registrou alta de 0,1%, a R$ 5,708 e o Ibovespa teve uma valorização de 1,02%, aos 131.213 pontos, com ganhos de 1,9%.
Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: teve um recuo de 6,6% na produção de petróleo, LGN e gás no Brasil no terceiro trimestre, para 2,65 milhões de barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia).
- Santander: divulgou hoje pela manhã o balanço do terceiro trimestre, com lucro líquido gerencial de R$ 3,66 bilhões, alta de 34,3% na comparação anual.
- Vale: anunciou a emissão de R$ 6 bilhões em debêntures.
- Oi: o conselho de administração da empresa homologou o aumento de capital de R$ 1,39 bilhão previsto no plano de recuperação judicial.
- Grupo Mateus: Citi impediu preço-alvo da ação de R$ 10,50 para R$ 10,00, mantendo recomendação de compra. A redução do preço refletiu revisão do banco sobre resultados da companhia projetados para os próximos períodos.
- JBS: nega ter fechado contrato para a aquisição da Oscar Mayer. A informação surgiu após questionamento da CVM sobre notícias relacionadas ao interesse de compra.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro todas as manhãs, também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo: