Belo Horizonte, além de ser um dos principais centros urbanos do Brasil, tem ganhado destaque por sua sustentabilidade ambiental. De acordo com o ranking Connected Smart Cities (CSC) 2024, que analisa diversos aspectos das cidades brasileiras, a capital mineira ocupa o segundo lugar entre as cidades mais verdes do país com mais de 500 mil habitantes. Esse reconhecimento é fruto de um conjunto de práticas ambientais e de sustentabilidade bem-sucedidas, que a cidade tem promovido ao longo dos anos.
Comemorando 127 anos, Belo Horizonte se destaca por sua evolução no Índice de Áreas Verdes Protegidas (IAP), um indicador vital de desenvolvimento urbano sustentável. A cidade tem se esforçado para aumentar essa área verde per capita, o que é crucial para melhorar a qualidade de vida urbana. Apenas uma cidade, Curitiba, supera Belo Horizonte considerando o mesmo critério populacional.
Quais Critérios São Utilizados para Avaliar a Sustentabilidade?
O ranking CSC considera múltiplos fatores ao avaliar a sustentabilidade nas cidades. No eixo Meio Ambiente, os critérios incluem o transporte público, destacando-se a idade média da frota e a quantidade de veículos com baixa emissão de poluentes. A coleta e recuperação de resíduos também são aspectos fundamentais, assim como o abastecimento de água e esgoto, e o monitoramento de áreas de risco. Essas práticas são consideradas pilares para a sustentabilidade urbana e ambiental.
Em relação a esses critérios, Belo Horizonte ocupa a 15ª posição geral, e se destacando entre cidades de grande porte. Esse posicionamento reflete os investimentos em infraestrutura sustentável e soluções inovadoras voltadas à preservação ambiental.
Como Belo Horizonte Melhora Seu Índice de Áreas Verdes?
A prefeitura de Belo Horizonte tem empreendido uma série de ações para aumentar o índice de áreas verdes. Em 2023, foram realizados mais de 34 mil plantios de árvores, a administração de 81 parques municipais foi fortalecida, e 24 miniflorestas foram implantadas. Além disso, a cidade tem adotado Soluções Baseadas na Natureza (SbN), como a criação de jardins de chuva, que ajudam na gestão de águas pluviais e diminuem os riscos de enchentes.
Essas ações contribuíram para que o índice de áreas verdes por habitante aumentasse de 17,20 m² em 2019 para 25,98 m² em 2023. Esses incrementos demonstram a dedicação contínua de Belo Horizonte em integrar a natureza ao ambiente urbano.
Quais São os Benefícios das Áreas Verdes para as Cidades?
A expansão das áreas verdes em Belo Horizonte traz vários benefícios tangíveis. Elas servem como áreas permeáveis, essenciais para a drenagem urbana, ajudando a reduzir inundações. Além disso, promovem maior biodiversidade e proporcionam conforto térmico nos meses quentes, gerando temperaturas mais amenas. Incrementar os espaços verdes contribui também para a redução nas emissões de gases de efeito estufa, um passo essencial no combate às mudanças climáticas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, as práticas de sustentabilidade são vistas como uma das principais ferramentas para o desenvolvimento humano na cidade. A meta é que esses índices continuem a crescer nos próximos anos.
O Impacto das Soluções Baseadas na Natureza em Belo Horizonte
Soluções Baseadas na Natureza (SbN) têm sido uma aposta séria em Belo Horizonte. A instalação de cerca de 60 jardins de chuva visa prevenir alagamentos por meio da infiltração e retenção de água. Essas soluções inovadoras não são apenas funcionais, mas também bonitas, contribuindo para a melhoria estética das áreas urbanas.
Os esforços de Belo Horizonte em integrar práticas de SbN e aumentar suas áreas verdes são um modelo a ser seguido por outras cidades brasileiras. Com esses avanços, a capital mineira não só contribui para o bem-estar de seus cidadãos, mas também para um exemplo a ser seguido em iniciativas de sustentabilidade urbana.